quinta-feira, 27 de maio de 2010

Entre tapas e tapas e quem sabe algum beijo.

Vou revelar um segredo
Que começa nos olhos
E acaba num beijo
Quem tem a faca e o queijo
Numa relação
É sempre aquele
Que pelo vestido sobe a mão
A mulher finge que escolhe
Mas na verdade é a escolhida
Hoje objeto de desejo
Amanhã não mais a preterida
E aí a esperança vira ferida doida
Como tatuagem ou carne viva
A lagrima cai, a dor se arrasta
A solidão se alastra de um jeito
Que o paraíso ficou imperfeito
Mas até que do nada surge
Aquele que te ilude
Aquele que te apresenta a total diferença
Vinda dum sorriso perfeito
Parece que num tem defeito
Mas na verdade tem.
Derrama outra lagrima
Afoga a derrota na cama
Diz pra todos: Ninguém me ama
De tudo reclama, com tudo faz drama
E no meio da chama volta a sorrir contente
Entre tapas e tapas crer que nada será diferente
Porem no meio do turbilhão
Um único beijo o deixa crente.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Carta para meu afilhado.



Hoje você me emocionou. Na verdade já tem um tempo que venho observando o seu crescimento e o mesmo, ao poucos, vem me tocando suavemente. Olhando as suas fotos vi o quanto está grande. É o meu bebe está um homenzinho formado e pelo que sei, cheio de personalidade.
Uma das fotos que mais me chamou a atenção foi a sua bebendo refrigerante. É, acho que não vai lembrar, mas seu primeiro guaraná fui eu que te dei, assim como com você dormindo em meus braços eu pude sentir essa maravilha que é ser mãe.
Oi madrinha. Desse jeito simples e doce tu me chamaste e aí veio o peso da palavra: MADRINHA. Mãe consagrada em Nossa Senhora. Palavra forte, sinônimo de mãe e aí me pergunto: será que eu, nas mazelas da vida, conseguirei cuidar de ti? Eu, que não tenho emprego, nem diploma nem nada, conseguiremos te dar algum exemplo, te passar algum ensinamento nessa vida? Tenho medo de falhar mais ainda nessa minha missão porem espero que Jamais me culpe por essa distancia. Não sou quem quis assim.
Como cresceu. Nem parece o meu garotinho que com todo amor carreguei no colo. Acho que mal consigo te segurar. E como falas hein? Verdadeiramente meu afilhado. Uma fala enrolada, atropelada, bem típica da idade, mas que já consegue se comunicar com o mundo perfeitamente e pode falar meu garoto. Prometo tentar desvendar suas palavras.
E então, o que acha de nos fazermos um trato? Espera eu começar a ganhar a dinheiro, a trabalhar para você poder crescer, pois agora infelizmente eu não posso te dar nada além do que tudo que está no meu coração, mas pra mim isso é pouco, não me basta. Quero ter como ir ao seu encontro, te segurar no colo, rolar no tapete da sala, te fazer cafuné e aprender contigo a doçura de ser criança outra vez.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Diga algo sobre o amor.....



Diga algo sobre o amor...
Um amor clandestino
Cantado e falado
Perdido e achado
Maluco, sem noção
Que te dá vários sins
Mas que te diga um não
Um amor no calor do momento
Com palavras ditas ao vento.
Diga com palavras doces
Sem a rispidez do dia a dia
Diga eu te amo como se fosse bom dia
E não diga a um amor
Diga a quem sem ama, a quem te acompanha
A quem te estende a mão
E depois de dizer tudo o que pensa
Jogue a sorte na mesa, desligue-se da ansiedade
Da vontade de ganhar um beijo
O premio dentro da alma prevalecerá
E assim se permita ir mas não fique a esperar.