quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Os sonhos não envelhecem.

Era uma vez uma casal. Ela linda e ele inteligente. Conversavam sobre diversos assuntos. Tinham muito em comum, principalmente as ideais revolucionárias, porém, como duas pessoas distintas, também tinham suas diferenças. Enquanto ele era discreto, ela ria e falava alto. Enquanto ele se vestia de maneira simples, ela estava sempre no salto. Enquanto ele adorava andar a pé, ela morria de preguiça. Enquanto ele mal fazia a barba, ela estava com o cabelo sempre impecável, mas mesmo assim, se completavam.

Eram como carne e unha ou na linguagem da cidade dele, a goiabada e o queijo. Diferentes, mas necessários um ao outro. Adoravam rir juntos, dormir abraçados, debater sobre músicas, sonhar com a revolução, explorar livros novos. Quem os olhava, tinha a absoluta certeza de que na aparência não combinavam em nada, mas era só vê o carinho que ambos tinham que viam o quanto davam certo. Pareciam até a Princesa e o Plebeu ou a Dama e o Vagabundo.

Quando o rolo, o romance, o relacionamento ou o trailer de um conto de fadas chegou ao fim, ela não teve vergonha de implorar amor, de pedir só mais uma chance. Chance essa que foi negada e no fundo, a culpa foi dela, por ser insegura e por não entender que ele não pertencia a uma pessoa, mas sim ao mundo. É enquanto ela era romance puro, cem por cento coração, ele tinha uma racionalidade incrível, vista por poucos e indo assim, dessa maneira louca, ela se permitiu amá-lo e a transformar a cidade dele num lugarzinho só deles e de mais ninguém.

Quando teve que realmente ir embora, disser adeus, se despedir, foi como se uma parte do seu coração ficasse junto dele. Juraram amizade eterna, cumplicidade pra sempre, pois o carinho não havia morrido só o sentimento homem e mulher. Da parte dele. Da parte dela continuava vivo, mas escondido.

Em poucos meses viveram muitas coisas. Quando tinham algum problema com um, o outro, mesmo longe, se prontificava a resolver ou a ajudar. Seguravam a barra legal. Ele com a sua calma e ela com o seu jeito prático de resolver as coisas em 5 minutos e a paixão continuava ali, escondida, com medo de ser revelada. Ele poderia não gostar de saber disso. O silencio, nesse caso, foi à alma do negócio.

A freqüência das conversas diminuiu. Ela na luta com a universidade e em busca de um colo para poder dormir e ele no corre de uma campanha eleitoral, mas sempre que a agenda permitia os dois se falavam e claro, também se ajudavam. A entrega foi uma coisa vinda da alma, do coração e da sabedoria. E a companhia um belo presente.

Demorou para se falarem novamente e quando o assunto rumava para coisas sérias, ele fez uma piadinha e no meio dessa, soltou sem querer que estava de rolo. Pronto. Bastou para que ela ficasse triste, sem vontade de comer e com o seguinte pensamento: Porque não eu?

Os sonhos jamais iram envelhecer. Ela é bonita, atraente, bem resolvida, cheia de compromissos sociais e claro, de caras interessados em encantá-la ou porque não dizer amá-la como ela o amou? Na verdade, de uma maneira diferente, pois ela o amou em silêncio e dessa vez, se for para amar o parceiro com quem vem conversando, tem que ser próximo, com calor humano e podendo dizer pra todo mundo afinal é livre como um pássaro, faltando só descobrir o rumo a voar.

Ao contrario de outros jamais apagara os contatos dele. Continuara o ajudando, mas sem se envolver muito. Ela precisa dá espaço para coisas novas e também para poder descobrir outros ninhos de amor, seja em outra cidade ou na sua, importando sempre, mesmo triste,serfeliz.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Para você Gustavo.

Hoje acordei lendo belas palavras que me fizeram refletir sobre diversas questões. Quem me conhece sabe do verdadeiro pânico que tenho em ficar sozinha. Não digo pânica pela falta de um amor, pois se é para atrapalhar, melhor ficar sozinha. Esse pânico se refere ao medo de perder a coisa mais valiosa que eu tenho: meus amigos. Demorei muito para enxergar quem são os meus verdadeiros anjos da guarda, pessoas que mesmo longe, fazem uma festa quando dou uma ligação ou quando mando um simples recado no Orkut. Esse pra mim é o verdadeiro valor de ser amigo.

Como sou blogueira assumida, adoro conhecer pessoas que escrevem ou que tem alguma mensagem especial para passar. Através de uma amiga, pude conhecer o blog Dois em Xeque. Que delicia foi poder encontrar em cada texto, palavras de consolo, de alegria, de incentivo para continuarmos na busca incessante pelo verdadeiro amor.

Na época, a dupla era formada pela Mayara e pelo Gustavo. Idéia genial afinal, em uma mesma postagem tínhamos a felicidade de vermos o lado masculino e o feminino dos relacionamentos. Com a Mayara percebi o lado da loucura, do romantismo de ser mulher e com o Gustavo, a racionalidade do ser masculino. Bela forma de tentar encontrar o equilíbrio entre o lado masculino e o feminino. Missão difícil é fato, mas muitas vezes necessárias ainda mais nessa era do ficar, do não desejar ter compromisso ou dos amores descartáveis.

Quando o Gustavo escreveu seu ultimo texto, me deu uma dor no peito, um aperto enorme afinal, já estava me acostumando com as suas palavras doces e carinhosas, porém, veio-me uma surpresa quando soube que o mesmo iria continuar escrevendo, mesmo que fosse na Terra de Cabral. Surpreendeu a ida, o fim da parceira, mas também deixou uma alegria no ar... Boas palavras jamais devem deixar de serem escritas.

A minha natureza é ser pentelha mesmo. Eu venço as pessoas pelo cansaço e acabei vencendo o meu grande escritor. Legal saber das curiosidades de Lisboa, de observar, mesmo que do outro lado do oceano, de entender um português bem diferente do nosso, porém, faltava algo mais no seu novo blog e esse algo se chamava textos sobre amor, dor solidão, angustia. Textos que eu conhecia e claro, admirava e depois de vários comentários e pedidos, veio um belíssimo texto falando sobre solidão no qual me identifiquei muito.

A atenção que ele dá aos seus leitores é enorme sempre com carinho e respeito e essa mesma atenção ficou clara quando fiz um comentário e me veio uma resposta curta, doce e inesquecível. Palavras que certamente serão lembradas.

Deixo aqui, com todo o meu carinho, o seu belíssimo texto e os nossos comentários.
Obrigada Gustavo por ser um excelente´escrevente´´ e por poder contagiar a todos com as suas palavras.


´´ Respondo a uma estimada amiga do mundo virtual que me perguntou, cá entre os comentários, como andam as coisas em Portugal. De fato, há algumas publicações que tenho deixado de lado os juízos exteriores para me debruçar sobre o meu interior – ou meus interiores, uma vez que são muitos e distintos.De modo algum isso é ruim ou foge ao conceito deste espaço. O blogue saibam todos, não tem conceito. Tenho vontade de escrever – quase como um instinto fisiológico –, e isso basta. Se me tirassem a escrita, preferia morrer. “A boa obra de arte nasce da necessidade” (Rainer Maria Rilke).Veja, cara amiga, não digo que o que escrevo é a boa obra de arte. Apenas que ela brota, sim, da necessidade – e, por isso, se não pode ou deve ser alçada como boa, ao menos que seja vista como honesta e pura.Ao mesmo tempo, expor meus devaneios mais profundos é falar de Lisboa. De como a cidade proporciona esse passeio dentro de si, quer nas suas ruas e praças antigas, quer em seus cafés e bares agradáveis. O vento gelado que bate no rosto é companhia ideal da solidão serena. O desassossego mundano é menos desassossego e menos mundano diante do belo poente contemplado por um mirante “natural”.Esta semana estou pra cima e pra baixo à procura de emprego. Na verdade, desde que cheguei replico anúncios e distribuo currículo. A crise mundial me pegou pelo pescoço e, com o euro a quase R$ 3, os planos de sobreviver tantos meses com o dinheiro que guardei teve de ser revisto.Não há sinal de alerta, tudo caminha com calma e segurança, mas preciso trabalhar. Preenchi cadastros de empresas que promovem “extras”: vão desde garçons para hotéis e restaurantes a demonstradores de perfumaria e de hipermercados. É uma grana boa que entra.A melhor chance pintou em um cinema próximo à faculdade. A vaga é de lanterninha. Que tal? Investi todas as fichas, mas nada de resposta ainda. Os horários encaixam com o das aulas e o salário é bacana. Sem contar que poderei assistir aos filmes – até que depois de um mês vou saber todas as falas e enjoar dos enredos repetidos.Mas qual roteiro é sempre original? ´´

Luciana Lopes disse...
Sabe Gustavo:uma das coisas que mais admiro em você, apesar de não conhecê-lo pessoalmente é essa sua coragem de mudar. Não deve ter sido fácil largar a sua cidade, os seus amigos e ir em busca de outro sonho, de ir além para ser alguém melhor.Parece que o domínio da solidão faz parte de você, da sua essência, do seu modo de encarar a vida. Solidão essa que me apavora. Nasci para estar rodeada de pessoas, de familiares, de militantes......... Enfim. Nasci para ter alguém para poder bater um papo, fofocar, xingar meio mundo. No fundo, sou feliz assim.No final do ano darei uma de mochileira. É, voou fazer as malas e sair meio sem rumo pelo interior de Minas. Tenho medo, receio, dor, enfim... Não sei o que esperar de mim e das pessoas que encontrarei no meio do caminho mas necessito fazer isso, como uma forma de descoberta, de aprendizado, de sei lá o que. No fim, sei que sera valido e voltarei para o meu mundo mais crescida, mais forte e com mais disposição para enfim, consegui me formar na universidade e buscar outros caminhos pré traçados, mas que podem ser mudados.Abraços.
29/10/08 10h07min

Gustavo Jaime disse...
Luciana, não trate estas palavras como verdade absoluta. As leia com teu coração e veja se alguma coisa a acrescenta - ou simplesmente toca. “Só a solidão é necessária, uma grande solidão interior. Entrar dentro de si e não estar com ninguém horas a fio - tem de ser capaz disso. Estar só, como em crianças estávamos sós, quando os adultos circundavam por aqui e por ali, enredados em coisas que pareciam grandes e importantes porque os adultos pareciam tão ocupados e porque nada sabíamos dos seus afazeres.” “Sabemos pouco, mas que temos de nos ater à dificuldade é uma certeza que nunca nos abandonará; é bom ser solitário, porque a solidão é difícil; que uma coisa seja difícil deverá ser mais uma razão para a fazer. Também amar é bom: porque o amor é difícil."
29/10/08 10h44min

terça-feira, 28 de outubro de 2008

SEM PÉ NEM CABEÇA.

Semana corrida, mês que voa, o dia, na teoria tem 24 horas, mas na pratica, parece ter pouco mais de 10. A correria se faz constante e quando penso que enfim, poderei descansar me aparece um compromisso. Amigos que não vejo há tempos me chamam pra sair. O meu partido que esta quase sem atividades inventa de marcar uma reunião. A dança, que antes era só um hobby, esta ficando cada dia mais pesada, por causa das três aulas que estou fazendo.

Eu não agüento ficar muito tempo com o mesmo numero de celular. Detesto receber milhares de ligações por dia. Antes, quando eu comprava um aparelho novo, passava o meu novo numero pra meio mundo e hoje não. Passo pra quem é importante ou pra quem interessa saber, caso contrario, só revelo se me perguntarem.

No corre corre da vida, acabo me esquecendo de me dedicar a uma das coisas que eu mais amo fazer, fora dançar e comer chocolate-escrever. Ta bom vai, mentira. Eu sempre lembrei de fazer isso, mas é que ultimamente não venho tendo tanta inspiração pra isso. Uma vez li que escrever é mais transpiração do que inspiração. Em partes concordo, mas em outras não. Pra eu escrever é um exercício da alma, é algo que vem de dentro, se não, os textos ficam ruins e sem o porquê de serem lidos.

Ontem, caí na real que só faltam cinco semanas para as minhas aulas na facul acabarem. Bom, muito bom, mas nem tão bom se for levado em conta à quantidade de trabalhos que eu tenho pra fazer, os dois seminários que terei de apresentar, os relatórios de bioquímica que tenho que terminar e as varias provas que tenho que fazer. Só falo uma coisa: Ninguém merece.

O blog meio que caiu no esquecimento, mas no fundo a culpa não é minha e sim da minha louca rotina que eu ando tendo. O tempo que tem me restado uso para dançar e dormir afinal ninguém é de ferro por mais que eu ache que dormir é perda de tempo, mas horas algumas precisamos.

No meio dessa zona toda que eu chamo de rotina, até a minha amada dieta esta indo pro beleleu, mas eu sei que ainda dará tempo de recuperá-la e entrar 2009 com um corpo daqueles, de fazer inveja a meio mundo... Sonho viu? Mas quem não sonha?

No fim e no fundo, esse texto ficou sem pé nem cabeça porem, foi à única maneira que encontrei de me desligar por cinco minutos do mundo, da universidade, dos meus afazeres para jogar as palavras no papel e vê no que iriam se transformar.

domingo, 19 de outubro de 2008

Boa noite.



Há algum tempo, para não falar desde o inicio do meu semestre na universidade, venho sentindo falta de uma coisa muito valiosa - dormir. Não, não é nenhum exagero e quem me conhece sabe o quanto sou hiper ativa e que tenho a doce mania de fazer varias coisas ao mesmo tempo. Já cheguei ao cumulo de marcar três compromissos num mesmo dia e dá conta perfeitamente dos três, atravessando metade da cidade de cada vez e com um simples detalhe: de ônibus.

Vendo uma reportagem na TV com a minha mãe, descobri que as pessoas que dormem mal têm mais chances de engordar. Essa poderia ser uma bela desculpa para a minha dieta não dá certo, ainda mais que a minha fome ataca muito depois das 14hs, porém, esse discurso não cola com ninguém e nem mesmo comigo.

Adoro acordar cedo, ir pra faculdade, depois fazer milhões de coisas na parte da tarde. Só que eu também amo tirar um cochilo na hora do almoço, ainda mais que o meu quarto tem bloqueador de claridade e fica escurinho o dia todo, mas antes de qualquer coisa, assim que ponho os pés em casa ligo o meu computador e se entro no MSN, pronto. A minha soneca foi por água a baixo, pois tem sempre um amigo puxando papo ou um assunto da universidade para ser resolvido com urgência. E as minhas olheiras vão indo.

Nem ter direito a ficar gripada estou tendo. Não há nada melhor do que ficar gripado e poder dormir o dia inteiro. Saudade dos velhos tempos da universidade em que a calma reinava na minha semana e que o motivo pra ficar dormindo a tarde toda era: não tenho nada pra estudar.
Estou rezando para entrar de férias e poder dormir uma semana seguida. OK, exagero, pois eu sei que não consigo, mas seria tão bom não ter hora pra acordar ou se não esquecer que o relógio existe...

Boa noite e um ótimo inicio de semana.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Lista.

Recebi essa música em um e0mail enviado pelo meu avô Senhor Neraldo e em minha opinião, ela é uma excelente forma de reflexão.

Boa sexta-feira a todos.


A lista - Oswaldo Montenegro.

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você já desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Patinho feio.




Durante muitos anos foi assim. Eu olhava-me no espelho e não conseguia reconhecer nenhuma qualidade. O cabelo era sem graça e sem vida, as roupas, um tanto quanto largas, os sapatos, totalmente fora de moda, tendo em vista um pé muito grande para a minha altura, o rosto cheio de espinhas e para completar a tragédia grega instalada, os óculos que desde muito nova se fez presentes nos meus dias.

Sonhar com namoros. E nada ia muito além de poucos bilhetes trocados escondidos no recreio da escola e ainda por cima, com o garoto mais sem graça e sem sal da turminha de amigos. Olhava para as outras garotas e imaginava-me igual às elas, com os cabelos longos, lisos, bem penteados, aquele perfume que chamava a atenção. Sonho de uma garota que era considerada a ruim nos esportes, que sempre ficava por ultimo na escolha dos times na aula de Educação Física e que passava os intervalos comentando do seu fracasso em matemática, porém, era elogiada pelos belos textos e pelo poder de apresentar seminários em publico, como se ninguém estivesse presente. Era a dona da verdade, mas de minha própria verdade.

Os anos foram passando. Os primeiros amores começaram a surgir e com eles a vontade, a doce vontade de se arrumar, de se descobrir menina e mulher ao mesmo tempo, mas nem tudo seria flores, tendo em vista a enorme comissão de frente que eu carregava e que era motivo de gozações, que com o tempo começaram a ser levadas numa boa, sem estresse, mas que mesmo assim ainda fazia com que eu me escondesse e tivesse vergonha de andar com blusas decotadas, vestidos de alcinhas, roupinhas justas e claro, de colocar um biquíni para ir a um clube.

A guerra com a balança também era motivo de preocupação. Bastava uma extrapolada no fim de semana e pronto. O jeito era viver em nutricionistas, academias e formulas emagrecedoras rápidas. Enquanto as minhas amigas devoravam, sem culpa uma caixa de chocolate inteira, no meu caso, um simples bombom já era sinal de uma inflada na barriga e de mais uma espinha para a minha coleção.

Veio o peso bacana e acompanhado dele a tão sonhada e temida plástica. Prazeres que não tinha como, por exemplo, passar à tarde no shopping fazendo compras ou comprar um lingerie, começaram a entrar na minha rotina. Era enfim, a tão sonhada fase de me descobrir como mulher, de admirar os meus traços, de aceitar o meu cabelo e de fazer dos meus óculos um aliado ao novo estilo que começa a aflorar. Era o despertar da sensualidade, que muitas vezes foi esquecida, tanto em um canto do armário quanto nos braços alheios e no fim, no fim mesmo, a dança de salão completou toda essa transformação.

Tem dias que ainda me acho um patinho feio, que olho no espelho e fico indgnada com os pneuzinhos que teimam em não sumir, porém, quando isso ocorre, corro e vejo no calendário que nada mais é que a fase de TPM. Aí então, dou risada, relaxo e me entrego aos meus hormônios, pois o prazer de me sentir linda, sensual, desejada, admirada vêm dos céus e da vontade de fazer com que a cada dia desapareçam os traços de criança e deixe as marcas dos meus vinte e um anos se fazerem vivas. Marcas essas, descobertas após uma transformação de dentro pra fora.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Massa demais. Final.




Acordar foi a coisa mais difícil do domingo. Não sei por que, mas sempre tive a mania, a infeliz mania de querer abraçar o mundo com os braços, de fazer milhões de coisas ao mesmo tempo e no final, ter vontade de jogar tudo pro ar, mesmo que eu esteja adorando os acontecimentos.

Chegamos por volta de 12h45minhs para o ultimo dia da maratona de zouk. As dores nas pernas estavam praticamente insuportáveis. Na verdade, eu sofri mais do que a Thaís, pois como ela já tinha participado de outra maratona de dança, foi bem mais tranqüilo participar dessa e enquanto eu? Sem comentários.

Das cinco aulas, consegui participar intensamente de três e numa boa, em minha opinião, foram as melhores de todo o congresso, tirando claro as que eu tive com o os professores da minha academia. As dinâmicas foram bem mais intensas e as dicas valiosíssimas. Dicas essas que serão postas em pratica nos próximos eventos de dança ou no meu compromisso quinzenal- bailinhos da CDMA.

Nos intervalos das aulas, pude confraternizar com pessoas de outros estados e um colega do Rio de Janeiro, já acostumado com o congresso, me disse que se eu tivesse aproveitado de três a cinco por cento de tudo o que foi ensinado, eu teria aprendido muito. É, parece que a meta foi atingida com êxito e isso é uma felicidade enorme, pois pra quem não tinha a menor noção de como se dançava zouk, sair de um evento desse porte sabendo fazer os passos básicos, as marcações, chicote e cambrê, com certeza é um mérito.

O último bailinho aconteceu no Hotel Nacional, lugar em que os participantes dos outros estados ficaram hospedados. Foi muito legal, pois a organização fez um Dia da Criança, com personagens infantis, pipoca, algodão-doce, um monte de bala, cama elástica e claro, muita dança. Também ocorreu a premiação do Oskar Zouk e a minha academia levou o premio de melhor apresentação com o professor Israel.

Ao fim de toda essa jornada, ainda dei uma passada rápida na CDMA para um bailinho básico em comemoração ao congresso. Maravilha. Além de dançar gafieira e zouk, me acabei no forró, afinal sempre digo que sou forrozeira de plantão. A Thaís estava mais morta do que eu e foi para casa, porém, antes da uma da manhã eu estava na minha cama, pronta para poder relaxar de verdade e me entregar a um gostoso sono.

As lições que eu pude tirar desse evento foi que sucesso só vem antes de trabalho no dicionário e que a palavra impossível, não faz mais parte do meu vocabulário. Eu vi que mesmo indo com a cara e a coragem, aprendi muito em todos esses dias, me descobri uma mulher sensual, que se entrega para a dança ou para qualquer outra coisa sem ter medo. Encaro essa experiência como uma viagem, pois em vários momentos tive a sensação de não estar na minha cidade e sim a Kms de distancia e esse sentimento é explicado pela pureza com que pude viver e reviver sem ter medo ou receio de acabar.

´´A dança é um prazer. ´´

Parabéns Professor.

Hoje é o dia do professor. Dia também para poder valorizar esse grande profissional, que mesmo ganhando pouco tem amor e paixão no que faz.
Parabéns a todos os professores. Sem vocês, a educação não teria nenhum valor.


É tão bonita a profissão do professor trabalha muito pra educar o filho da gente...
Educa o meu, educa o seu, educa o dele, educa o pobre, educa o rico, educa o doente, educa o grande, educa o pequeno, fica todo mundo mais inteligente.
É muito nobre a profissão do Educador, ele educa qualquer um sem distinção educa o feio, educa o lindo, educa o ruim, mas também educa o bom, educa o careca, educa o cabeludo, educa o cara lisa, educa o barbudo, educa o musculoso, também educa o fraquinho, educa quem é magro, também educa o gordinho, esse professor educa todos com carinho!
Educa quem trabalha, também educa o folgado, educa quem tem grana, educa o apertado, educa o conformado, educa o aventureiro, educa o perfumado, educa o que não tem cheiro.
Viva o professor do mundo inteiro! Vivaaa! Os professores que educam os filhos de todo mundo têm muito valor, mas o que educa o meu não tem dinheiro que pague...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Massa demais. Parte 2.



Sábado, 9 horas da manhã. Depois de ter dormido pouco mais de 3 horas me ponho novamente a dançar. Passos novos, revisão dos vistos na sexta feira, a turma cada vez mais lotada, o dia mais quente e as dores acentuadas. Parece que a minha sapatilha criou vida própria. Ela simplesmente me leva e eu a obedeço. Perdi o controle dos meus movimentos, pois eles agora pertencem a todas as aulas, alongamentos e dinâmicas e mesmo assim, estou sempre sorrindo, sorriso esse que ao longo do tempo foi apagado ou esquecido em alguma fotografia.

Engraçado, mas apesar do ritmo ser o mesmo, cada professor que entrava na sauna (apelido carinhoso da sala 2) dava uma coreografia diferente e um jeito novo de fazer a contagem da marcação. O professor Mirra, de São Paulo, por exemplo, começa a marcar no um, enquanto o restante dos professores dava a dica de que a marcação mais fácil era no três. Nossa, bitolei muito, já estou até dando dicas de como se dança zouk.

Uma das coisas que mais me intrigou foi o fato de algumas vezes, faltar espaço para dançar, porém, um professor que vale a pena ser apresentado, disse para a Thaís que nem sempre você terá espaço para dançar e a regra é encontrar um cantinho e desenvolver a seqüência com as passadas mais curtas. Esse professor é o Luciano. Assim como o Júlio, também dá aula no local onde faço aula. Ele é novinho e super gente boa e dança um samba de gafieira como poucos.

Voltando o assunto das aulas. Pela manha, o rimo até que foi bastante tranqüilo, mas bastou passar à hora do almoço, àquela hora em que todo mundo sente sono para o cansaço bater com força e as dores começarem a se acentuar ao ponto que nem os alongamentos estavam adiantando mais. Entre uma aula e outra, o engraçado era conhecer pessoas novas e ir da uma espiada nas outras aulas e se imaginar dançando certinho e conseguindo desenvolver tudo o que os professores passam. Congresso do ano que vem esse feito será conseguido.

À noite, foi a vez do segundo baile. Quando chegamos ao local, vimos à magia que estava no ar. Malabaristas, tochas de fogo para iluminar o caminho e uma enorme tenda que lembrava um circo, montada em um espaço grande e super bacana para se dançar. A noite foi realmente mágica ainda mais depois de ter visto a minha evolução e a evolução da Thais. Para quem chegou com a cara e a coragem, nos realmente estávamos mandando muito bem, ao ponto de sermos elogiadas por vários cavalheiros que dançaram conosco.

A magia estava explicita no nosso olhar, no nosso jeito de conversar e até no modo como encaramos uma madrugada fria. Sempre com bom humor e disposição, pois a proposta era encarar qualquer coisa que viesse independente de ser boa ou ruim e o nosso objetivo estava sendo cumprido. Ora dançando como duas frenéticas, ora paquerando os poucos gatinhos presentes, ora ficando próximas dos nossos professores e ora colocando apelido em todo mundo e nos passos. Nada passa despercebido aos nossos olhos.

Chegamos em casa 07h30minhs da matina, cansadas, arrebentas, com olheiras enormes, mas rindo que nem duas crianças e fofocando horrores. Parece que quanto mais a gente fica junto mais assunto temos e a leveza dos nossos encontros é que faz toda a diferença. Leveza essa que deveria ser vivida 24 horas por dia, 365 dias por ano e nos descobrimos como alcançar esse estado de graça, dançando, dançando muito, pois assim, nos permitimos sermos felizes até que a madrugada termine e um novo dia se inicie nos brindado com surpreendentes raios de sol que nada mais são do que um presente de Deus para abençoar a nossa felicidade.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Massa demais. Parte 1.

Nos dias 10, 11 e 12, tive o prazer de participar do Terceiro Congresso Internacional de Zouk em Brasília. De hoje até quarta - feira contarei como foi ter encarado uma jornada longa e cansativa de aulas mas que foram maravilhosas.



Com a cara e a coragem. Essa é a frase que melhor resume uma aventura que eu tive nesse final de semana. Na verdade, depois da confirmação que eu não iria viajar, comecei a pensar no que eu ia fazer no meu longo final de semana e as opções que me apareceram, não foram nem um pouco atraentes. Pois bem, quando eu tinha a mais absoluta da certeza do fracasso que eu viria a ter, surgiu a oportunidade de fazer um congresso internacional de zouk. Logo eu que não nunca tive excitação por essa dança me arriscar numa empreitada dessa? Loucura.

Minha amiga Thais, que já estava inscrita há vários meses me pilhou para participar, jogando todos os aguamentos possíveis e imagináveis e o resultado foi que resolvi encarar e matar a curiosidade, pois de congresso, eu só entendo os de Movimento Estudantil.

Na chegada, me deparei com uma surpresa maravilhosa: uma aula de samba de gafieira com o professor Júlio Cezar. Pra quem não o conhece, faço questão de apresentá-lo. Júlio é meu professor de dança de salão. Um cara farrista, beberrão, mas que dança como ninguém e principalmente tem amor no que faz. Passadas as apresentações, quando vi que eu poderia fazer uma aula dele, me senti em casa e preparada para encarar esse novo desafio afinal é muito melhor começar uma aventura por onde a gente tem alguma noção.

Ao longo da sexta feira, fui vendo outras caras conhecidas e pensei que já tinha valido á pena estar ali, por mais que eu não aprendesse nada de zouk porem, com o caminhar das aulas fui percebendo que não era tão difícil assim e as novas amizades feitas, ajudavam a superar os primeiros erros e claro, as primeiras dores nas pernas.

Na primeira festa, o meu desempenho foi vergonhoso, para não falar um desastre, mas a diversão estava tão boa que resolvi aproveitar tudo, tudo mesmo, pois só assim, no final da maratona tiraria as minhas conclusões......

Quando esse primeiro dia terminou, ao repousar na minha cama, lembrei-me que ainda teria mais dois dias para dançar, aprender passos novos, evoluir, paquerar, ser feliz, fazer novos amigos, rir muito, sair da minha dieta e agradecer por ter a oportunidade de estar em um novo momento, num novo lugar, como novas pessoas, mesmo que em principio, minha vontade inicial era de estar a 900 km sendo feliz de outra maneira.



sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Sexta - feira.

Excelente sexta-feira.


Foi numa sexta feira que vi todos os meus sonhos ire m por água a baixo. Na verdade, foi numa madrugada fria e só que o fato aconteceu. Naquele dia sofri como nunca por ter jurado a mim mesma amor e fidelidade eterna, mesmo que nada disso tenha sido cobrado ou exigido, mas fiz, pois há muito tempo não me sentia tão feliz nos braços de outra pessoa como estava me sentindo naquele período, um período curto, mas certamente um dos mais intensos de toda a minha existência.

Naquela sexta feira implorei por amor, me rastejei aos pés do ser adorado, me humilhei em busca de migalhas de sentimento. Naquela sexta feira não dormi abraçada a ele, na verdade, eu mal dormi e se o fiz foi porque encontrei refugio nos braços de amigos, que compraram a minha dor como se fosse a deles e respeitaram o meu desespero em silêncio.

Nessa mesma sexta feira, senti vontade de abandonar tudo e voltar para a minha casa, para a companhia dos meus verdadeiros amigos e também briguei com Deus por tamanha injustiça. Em pensar que numa sexta feira antes, vi os meus projetos de viajar quase indo pelo ralo, mas mesmo assim persisti e não dei ouvidos as mazelas. Eu necessitava ter o reencontro, o gosto do beijo ainda guardado no tempo em que ficamos longe, do falar manso em meus ouvidos, do ser colocada como a mulher mais bela e mais especial. Só não imagina que realmente isso iria acontecer como aconteceu, mas em outro dia de semana, depois de uma sexta feira dolorida e que desejava ser esquecida, mas não foi.

Já vivi muitas sextas feiras especiais, principalmente na minha vida de militante. Como era bom ir para um congresso do Movimento Estudantil, chegar à quinta feira, curti-la e quando acordasse na sexta feira, saberia que só estaria no segundo dia do encontro, ainda tendo um belo final de semana pela frente, para defender as minhas idéias, lutar pelo o que eu acreditava e claro, curtir os camaradas de jornada e de militância. Presente para uma sexta.

Mas essa sexta ficou sendo a pior desse ano. Aquele dia da semana que sempre trará um resquício de dor e de sofrimento. Foi também numa sexta feira, essa agora mais recente, que ao ligar para uma conhecida, senti que as burradas dessa outra sexta, se refletiram em muitas andanças, três meses depois do ocorrido e que não poderia tão cedo reviver outras sextas naquela cidade, com seus amores, seus encantos, como foi à primeira sexta em que acordei nesse cantinho sagrado ou com suas dores, suas lagrimas, seus desafetos, lembranças e reflexos daquela que desejei ser a ultima sexta feira do ano.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Vozes......




Hoje, ao ligar para um conhecido, acabei me assustando um pouco com a sua voz. Na verdade, ela não é feia, mas sim muito parecida com a de um amigo que como tantos outros, se perderam no tempo. Aquela coincidência pra mim foi um susto, ainda mais por saber e lembrar a todo instante que somos comparados com outras pessoas.

Eu tenho fama de ser a ovelha negra da minha família. Engraçado isso... muitas vezes me culpei por esse acontecido porém, depois de alguns choros e revoltas, descobri que é bom ser assim, ser colocada dessa maneira, significa que eu incomodo e que sou original.

Quando eu criança, nos idos de 1994, minha mãe fazia de tudo para eu ser uma menina meiguinha, que gostasse de rosa, que fizesse balé, que só brincasse de boneca e que tivesse longos cabelos claros e como eu era? Simples: adorava jogar futebol, brincar de taco, fazia aula de basquete, tinha o cabelo curtinho e as minhas bonecas só tinham algum espaço no meu dia depois que eu já tivesse cansada de tanto brincar no parquinho.

Tem horas que penso que aquele personagem Do Contra das histórias em quadrinhos, foi feito pra mim. Explico. Quando eu tinha 11 anos, entrei para a igreja e fiz primeira comunhão. Aos 17 anos, depois de ter feito todo e qualquer encontro imaginável, enchi o saco e abandonei. Até os 16, eu sonhava em ser jornalista e hoje sou estudante de Biomedicina. Minha família detesta política e eu sou militante do Movimento Estudantil. Aos 15 anos, para aumentar a minha mesada, fazia brigadeiro e vendia na escola e hoje dou aulas particulares para sobreviver. Nunca fui de parar em nenhuma escola e até de faculdade eu mudei. Ufa e isso é só o começo.

Calma lá. Não sou assim para fazer pose ou ser tachada de ´´rebelde sem causa. ´´ Eu simplesmente gosto de inovar, de mudar, de ser diferente. Porque não? Odeio gente que faz coisas bem piores do que eu por debaixo dos panos e na frente da família ou da sociedade se faz de santo. Não é porque eu já pintei o meu cabelo de loiro com as pontas verdes e tenho vários furos de piercings que sou melhor ou pior do que ninguém. E a minha mãe é uma santa. Essa vai pro céu sem escalas.

Escrevi isso para mostrar que em aparências, vozes, jeitos e gestos, varias pessoas são parecidas, mas que por dentro, cada um é cada um. Seria tão bom e tão lindo se a sociedade parasse com essa história de estereótipos. Sendo você gordo ou magro alto ou baixo, narigudo ou sem nariz, banguela ou de aparelho, rico ou pobre, universitário ou secundarista, concursado ou terceirizado, com tatuagens ou sem, enfim, não importa a carne, o por fora, o que importa mesmo é a vontade de ser do seu jeito, de ter a sua cara, pois isso ninguém tira.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Eu.....?!!!!!!!

Estou em um processo de despedidas, em um momento de romper com as amarras, com laços que ainda me prendem e que já passou da hora de serem rompidos. Essa poesia foi achada por uma amiga em uma dessas comunidades bestas do orkut porém, como ela diz muito sobre o que estou passando, resolvi colocá-la no blog.



...Eu não vou te olhar nos olhos.Tenho medo, eles podem revelar o meu segredo.Eu pensava estar curado.Foi engano, tudo errado.Pois bastou te ver de novo.Pra eu não resistir.Vou finjir "num" esforço sobre humano.Que faz tempo eu te esqueci.E não te amo!Vou levar essa mentira até o fim...Até não restar em mim.Nenhum traço desse amor.Eu não posso me entregar a tentação.Que ao meu pobre coração trouxe tanto "dissabor".Eu vou te jurar que não há mais sentimento.Se preciso for invento que tem outro(a)em minha vida.Eu vou te dizer que não és mais meu(a)amado(a).Mas que não me oponho em nada se quiser ser meu(a)amiga(o).É melhor te evitar, reprimir o meu desejo.Um adeus, nada mais sem o gosto do seu beijo.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

12345MIL e viva o Partido Comunista do Brasil.






Hoje o blog Com o Pensamento Se vai Longe vai falar um pouco sobre as eleições que ocorreram em todo Brasil.


Todos sabemos a situação vergonhosa que anda o nosso país, como falcatruas, roubalheira,políticos achando que a política e profissão, o poder subindo a cabeça, enfim....


Não é facíl administrar uma cidade,estado ou município como também não é nada facíl escolher com dignidade os nossos governantes.


Boa parte das pessoas que eu ando sabem que faço parte de um partido político, O PCdoB, que nada mais é que o partido mais antigo do Brasil. Um partido que sofreu dura repressão na época da ditadura, que teve militantes assassinados, que teve que esconder sua face para não morrer, mas sobreviveu, como ainda sobrevive. Lutamos nas Diretas Já, conseguimos implantar o Voto aos 16 anos, construimos a maior juventude organizada do Brasil, a UJS que actualmente conta com mais 100 mil filiados, tendo núcleos organizados em todos os estados. Estávamos a frente da Campanha O Petróleo é Nosso, demos uma cara diferente para a esquerda do nosso país e claro, contribuímos para o seu crescimento.


Mas não é por causa disso que eu resolvi me filiar e militar nesse partido. Quando eu decidi que era hora de levantar uma bandeira e abraçar uma causa, eu sabia que deveria ser uma causa justa e honesta e dentro do meu partido, encontrei o que procurava e principalmente, me encontrei.
Nessas eleições, o PCdoB mostrou novamente a sua cara, tanto em chapas próprias quanto em coligações e o resultado disso? Crescemos, nos superamos e mostramos que o socialismo existe SIM e que virá para mudar toda uma história, história que já foi vitoriosa.
Obrigada PCdoB por ser audacioso, combatente e diferente. Nos fizemos a diferença nesse processo eleitoral todo e agora todo mundo sabe da nossa força,garra e poder.

domingo, 5 de outubro de 2008

Despedidas.




Estava lendo o blog Dois em Xeque e o assunto de hoje me marcou muito, pois falava do Adeus do Gustavo que agora esta morando em Portugal. Pode parecer coincidência, não sei, mas nessa semana conversei com um amigo justamente sobre essa questão de se despedir, de romper certos laços e amarras para poder ser feliz. Engraçado, mas muitas vezes quando pensamos em despedidas, lembramos de algo triste, sofrido, cheio de lágrimas e dor. A situação não é bem assim.

Em algum outro texto publicado aqui no blog, eu tinha falado sobre a questão de libertar as amarras, de se soltar, porém, naquele momento não consegui relacionar esse tema com despedidas, sendo que um em alguns estágios da vida, não sobrevive sem o outro.

Já ouvi muitas vezes que era necessário eu mudar a minha conduta, passar a ser uma pessoa mais discreta só que nesse meio tempo, vi muitas mascaras caírem e cheguei a uma conclusão: prefiro ser autentica e transparente a ser uma pessoa cheia de não me toques. Acho que não seria feliz sendo assim. Quando estou feliz ou triste, estressada ou relaxada, de bom ou mau humor, é fácil reconhecer e enxergar. No fundo, esse meu jeito é que leva a cometer certas loucuras e a buscar aquilo que acredito ou até mesmo a me despedir do que me faz mal.

Sou um ser humano acostumado com as perdas. A primeira, foi ao cinco anos, quando o noivo da minha mãe, ao qual eu tinha como um pai se foi de maneira brusca em um acidente de carro. De lá pra ca, esse sentimento tornou-se constante sendo algumas vezes até normal. O ser humano foi criado para se adaptar em várias situações e comigo não é diferente.

Eu vivia tapando o sol com a peneira e não querendo enxergar as coisas. Não foram as vezes que necessitei dá a volta por cima, assumir as rédeas da minha vida e simplesmente não a fiz. Ora por comodismo, ora por medo ou receio de mudar e ficava indo, indo, indo sem ter um rumo a seguir e nesse ir, perdi noites de sono, me senti abandonada, desprezada por mim mesmo e no fim, não tinha coragem de dizer Adeus.

A conversa que eu tive com um amigo, citado anteriormente, me fez pensar nesse ano de 2008 inteiro, principalmente no meu lado amoroso. Tem uma pessoa que é importante pra mim e quando estamos longe, ela me faz bem e quando estamos perto, me faz uma mau incalculável. Não, esse teorema não foi meu, foi desse amigo que enxergou muito além do que eu queria vê e me abriu os olhos para o que eu não estava conseguindo enxergar, me dando duas opções: ou eu continuava a sofrer ou me despedia desse sentimento que me acorrenta e por mais que me doa, resolvi dizer tchau, adeus, by, até logo, até breve... Resolvi ser mais eu e pronto.

Não que eu vá radicalizar e bloquear o contato no MSN, excluir telefone ou simplesmente esquecer que ele existe. Meu radicalismo nunca me levou a lugar nenhum, porém, eu tenho que começar a enxergar os fatos e as coisas como elas são parar de viver no mundo da Cinderela. Príncipes e princesas não existem mais. O que existem são pessoas normais, com tudo o que há de melhor e de pior em um ser.

Despedidas nunca são boas, pois sempre deixaram um vazio no lugar daquele que se foi, mas é muito melhor conseguir se desvencilhar de algo ou alguém do que sofrer a vida inteira. Sofremos por causa de outras pessoas, mas esse sofrimento só nos acompanha se permitimos e tudo o que é feito em nossas vidas é só com o nosso consentimento. Se eu não tivesse viajado, amado, chorado, feito varias ligações, eu não teria sofrido, mas também não teria sido feliz como fui como também não teria criado forças, depois de um dia de dor, claro, para romper amarras, dizer um até logo e quem sabe, ser feliz de outra maneira.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Ainda.

Essa poesia eu fiz recentemente e quem sabe do que eu vivi para escreve-la, entenderá as minhas palavras.


Ainda vejo você
Sinto tua presença
Tua ausência
Teu modo de pensar.

Não nos falamos tanto
A rotina é cansada
A vida agitada
A madruga uma adolescente
Amizade é o que a gente sente.

Será uma loucura
Admirar quem um dia desprezou?
E uma nova entrega?
Entrega esquecida
Que não tem desejo
Que morreu na última transa
No último beijo.

O medo persiste
Insiste em me atormentar
Não sei qual será a reação
Se me abraçara com razão
Se pediremos perdão
Ou até se iremos nos encontrar.

Pensei que depois de um tempo
Cairia no esquecimento
Cairia na rotina
Vejo que tenho uma sina
Lembrar de quem esta distante
Penso em deixar de ser militante.

Nunca pensei em te conhecer
Mas veio e assim se foi
Estamos no meio de uma cordialidade
De uma admiração sem desejos ou vontades
Pode parecer loucura
Mas não foi uma aventura
Foi uma imagem que sempre perdurara
E aí? Poderei te abraçar?