sábado, 18 de dezembro de 2010

Me despindo e me despedindo.



Chegou à difícil hora de dizer tchau. Sabia que esse momento iria acontecer porem, não imaginava que seria tão cedo. Como já disse várias vezes – esse blog criou vida própria e o mesmo decidiu que já era a sua hora de parar.
Deixei-o de lado e fui fazer minhas descobertas interiores. Descobri-me tanto e de uma maneira tão profunda, que continuar com esse post seria não evoluir, não criar asas, ficar presa sempre aos mesmos dilemas. Nessas linhas vivi coisas intensas, me apaixonei platonicamente, viajei nas poesias e nas musicas. Fui santa e devassa sem o menor pudor. Expus as verdades e também as doces mentiras.
Pra quem acha que o Com o pensamento se vai longe começou a pouco mais dois anos, está enganado. Esse blog nasceu junto com o meu livro, exatamente há dez anos, porem, graças aos contratempos da vida, os dois foram lançados juntinhos, um acompanhando o crescimento do outro. O livro poucos conhecem, mas o blog rompeu fronteiras e barreiras.
Amo escrever. Na verdade, tenho verdadeira compulsão pelas palavras. Se eu não fosse essa pseudo escritora, não seria mais nada na vida, e, por conta disso, que mesmo encerrando esse capítulo, as minhas palavras estarão presentes em outras aventuras, em novos c aminhos.
Já sei ao certo o que e onde vou escrever, contudo preciso me despir dessa fantasia de adolescente, enxergar as rispidez do mundo e seguir em frente. Fácil não será. Será necessário.
A todos aqueles que embarcaram comigo nesses dois anos e meio, meu muito obrigada. Agradeço de coração a paciência com as minhas palavras, com os meus desejos, com as minhas idéias de querer mudar o mundo ou amar loucamente. Cada leitor foi também um colaborador, fazendo comentários, criticando, elogiando ou simplesmente lendo.
A gente ainda se encontra por aí, em qualquer esquina, em qualquer botequim, em qual gafieira.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Homenagem a um professor.


Essa história começou em 1995 quando eu tinha somente 8 anos. Sempre fui uma criança hiperativa, não muito chegada nos estudos, mas viciada em brincadeiras. Desde cedo admirava a jogadora Hortência e sonhava um dia em ser como ela. Levando em consideração esses fatores e o fato de ser alta para minha idade, entrei na escolinha de basquete, e foi lá que conheci o professor que me motivou a escrever tal texto.
Seu nome era Marcelo e não sei, mas imagino que deveria ter por volta dos seus 20 anos. Alto, magro e com cabelos cacheados, o que me chamava à atenção, era o fato de conseguir ter controle sobre uma turma enorme de crianças. Sua paciência e disciplina despertou na galerinha uma paixão sem limites por garrafões, coletivos e vinte e um (não sei como ainda me lembro desses nomes).
Não sei ao certo por quanto tempo dei meus arremessos, porem, de uma hora pra outra, larguei as quadras para aprender a nadar, deixando de lado meu desejo em ser famosa (ok, hoje não daria mesmo) e claro, meu querido e fofo professor.
Dei minhas braçadas, joguei futebol um tempo, entrei varias vezes na academia até descobrir que detestava esportes, e, nesse longo tempo, sempre me perguntava por onde andaria aquele professor, até que num belo dia, sentada em um bar com umas amigas, vi o dono da escolinha de basquete e perguntei para ele sobre o Marcelo. Ele disse-me que o mesmo tinha largado o esporte e partido para a musica. Fiquei contente, foi bom ter informações dele.
Carnaval desse ano. Resolvo ir até o Café da Rua 8 curtir um sambinha. Em meio à alegria, cerveja e muita batucada, vejo de longe alguém que tinha certeza que conhecia. Na mesma hora pensei- putz é ele, mas do nada veio a duvida e me perguntei: e se não for ele ou pior e se for e o mesmo não me reconhecer? Como sou muito cara de pau, cheguei junto e perguntei se chamava Marcelo. Ele disse que sim, e aí falei que tinha sido sua aluna há muitos anos, mas acho que não se lembrava de mim. Ele me olhou e falou meu nome (uia fiquei com medo, afinal santa eu não era). Conversamos amenidades e me deu seu e-mail. Prometi que escreveria, mas deixei pra lá.
Meses depois, numa noite regada a Coca-cola, quem encontro? Resposta retórica né? Levantei e fui cumprimentá-lo. Estava com um amigo e me apresentou como sua ex aluninha (a aluninha cresceu e virou mulher ok?). Não sei se por sorte ou azar, sentou-se numa mesa atrás da minha e bem frente pra mim. Nossa não resisti e fiquei encarando-o a noite toda. Percebi até que ele ficou sem graça com minhas olhadas, mas e eu lá tenho culpa se ele está um gato?
O legal então foi poder te tido a chance de rever um dos grandes professores que tive na infância. Um cara bacana e legal, que sempre se preocupou com a nossa formação. Um dos muitos professores que passaram pela minha vida e deixaram saudades e que certamente ficaram guardados eternamente num lugarzinho muito especial.
Feliz Dia do Professor, Marcelo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um Ano Depois...



Olho no espelho
Estou diferente
Quem era eu naquele avião
E quem sou eu nessa confusão?
Será que chorei?
Será que errei?
Será que amei?
Concurso eu passei
Passei a virada
Com amigos bebendo
E dentro de mim
O mal ia morrendo
Voltei a me cuidar
O espelho reflete
Uma linda mulher
Que hoje ainda ERRA
Mas sabe o que quer.

Perdi uma amiga
Reencontrei uma irmã
Mantive os pés no chão
Foi necessário ser sã
Conheci outros traços
Recebi vários abraços
Rapidamente me apaixonei
Amores não tive
Mas um reencontrei
Continuo estudando
Agora faço inglês
Voltei a comer como louca
Mais uma vez.

Mudei o cabelo
Afinei o caminhar
E quando me deito
Já consigo sonhar
Porem me arrepio
Ao lembrar do abandono
De ter procurado um dono
Do outro lado do mapa
A capa de boa moça voltei a vestir
E fiz uma promessa
De não mais me iludir.

Peguei outro vôo
Cheguei ao Rio
Fui tomar banho de mar
Pois não puder me banhar no rio
Participei de campanha
Tive alegria tamanhas
Estou voltando a dançar
Balada? Quem sabe estarei lá
Será que ainda choro?
Será que ainda grito?
O que tá engasgado agora eu vomito
Vomito a dor, que sinto em escrever
Que tenho que relembrar
Que há um ano fui jogada pro ar
Que por mais que eu tente
Não consigo ficar só
O trauma passou
A raiva passou
Passou a vergonha
E a desilusão
Só não passou o trauma que tenho
Da pior solidão.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O blog hoje assume sua voz de protesto.



Começo esse texto, contrariando todas as questões de concurso, com a seguinte pergunta: O Brasil que temos é o Brasil que queremos?
Não, não me responda agora, pode pensar com carinho, eu deixo ainda mais quem não mora em Brasília. Minha resposta é curta e certa, principalmente depois, baseada no caos político que o meu distrito vive as vésperas da maior festa da democracia.
Quem acompanha o noticiário ou as rodas de boteco, deve saber da controvérsia em cima da Lei da Ficha Limpa, principalmente no que deve ou não ser feito e se a mesma deve ser ou não aplicada nesse pleito. Eu, como estudante de concurso e depois da leitura de alguns incisos da Constituição, dou a minha humilde opinião no que tange a construção dessa Lei. Pra mim, o erro não está ou não em aplicá-la, mas sim em não terem observado seu prazo de vigência e acabar nessa palhaçada que certamente beneficiara mais uma vez os políticos profissionais.
Se eu fosse deixar aflorar meu lado esquerdista, confesso que a situação estaria muito pior, afinal, a minha bandeira vai alem do que 11 Ministros podem ou não julgar. A minha bandeira é contra a sujeira sem fim no Bicameral ismo Federal e a favor daqueles que desejam mostrar serviço ético e probo pelo menos uma vez. Se 11 têm o poder de decidir por mim, eu, ao certo teria o poder de decidir por milhões, mas infelizmente, na atual conjuntura, desejo abandonar o barco. Triste para quem há cinco anos dedica parte da sua jornada na melhora de uma nação. Excelente para aqueles que transformam um palanque no jardim da sua casa e a urna eletrônica no seu vídeo game.
Pode parecer fraqueza, mas chega num ponto que não dá para remar só contra uma maré cheia. Antes eu me preocupava com o Brasil que iria deixar para os meus filhos, porem, nesse exato momento, minha preocupação é mostrar a eles que apesar de existir gente desonesta, um dia a honestidade reinará e o principal, incentivá-los a lutar pelo que acreditam incentivo esse que me faltou, mas que soube transpor e ir até o fim, ou quase.
Pra quem está desacreditado como eu, sugiro então que no dia 3 de outubro, saia, pegue um sol, bata um papo com os amigos, almoce com a família num bom restaurante e ser der tempo, dê uma chegada rápida até a sua sessão eleitoral e aperte confirma. Ou se não, arrume uma viagem e justifique seu voto. Eu recebi uma proposta maravilhosa de ir passar o fim de semana no interior. Talvez minha forma de protesto seja essa.
Hipocrisia da minha parte, uma jovem que vem das lutas de classe ter esse pensamento né? Pode até ser, mas enquanto a Lei da Ficha limpa não é aplicada, vou limpar a minha consciência de tomar uma decisão errada e aí, no próximo pleito, de acordo com o art. 16 da Constituição, eu volte a ter a mesma visão que tinha antes de adentrar obrigatoriamente na (in)justiça brasileira.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Inicie a rotina amando.



Resolvi começar a semana flutuando pelos ares e pra mim nada melhor do que amar. Pode ser um amor curto, breve, sem compromisso, mas que seja simplesmente Amor. Então é isso......

Mensagem De Amor

Os livros na estante já não tem mais tanta importância
Do muito que eu li, do pouco que eu sei
Nada me resta
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
A noite eu me deito,
Então escuto a mensagem no ar
Tambores rufando
Eu já não tenho nada pra te dar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor
No céu estrelado eu me perco
Com os pés na terra
Vagando entre os astros
Nada me move nem me faz parar
A não ser a vontade de te encontrar
O motivo eu já nem sei
Nem que seja só para estar ao seu lado
Só pra ler no seu rosto
Uma mensagem de amor