segunda-feira, 11 de maio de 2009

Superar o insuperável.



A medicina pode ter inventado remédio para todas as dores, porém, em matéria de problemas da alma, a mesma continua na Idade da Pedra. Quantas vezes achei, na minha sanidade que eu tinha superado vários problemas ou até mesmo curado várias dores. Juro de pés juntos que eu conseguia essa proeza, mas com o rumar de certas coisas percebi que infelizmente era só balela da minha parte.

Taquicardia, mãos tremulas, olhar paralisado, coração apertado. Olho sem querer no calendário. Olho mais uma vez e não acredito. No fundo, não quero acreditar. Um ano, exatamente um ano se passou de toda u ma loucura que vivi. Loucura sadia, proveitosa, para não dizer maravilhosa, mas foi uma loucura. Até hoje, quando me deito e o sono demora a chegar, me pego pensando e a angustia invade sem querer. Maio e junho de 2008. Os meses mais loucos dos últimos cinco anos. Meses que posso falar que valeram mais do que cinco anos. Meses que para mim, representaram uma vida.

Tenho mantido os meus pés fincados na terra. Durante um tempo sei que não vou conseguir voar vôos tão altos. No máximo, andar de ônibus a uma velocidade assustadora no transito caótico da minha cidade. Aprendi a ter a cabeça no lugar. Minto. Aprendi a ter o coração no lugar certo. Não me deixo mais levar pelo impulso. Chega uma hora que o impulso é tão forte que acaba indo e voltando para o mesmo lugar. Como se fosse um balanço.

Não tenho fotos para me agarrar. Não gravei as musicas que tocaram. Não consigo esboçar o mesmo sorriso. Não ando mais com o caminhar leve, com o rosto de uma criança. O que tenho são flashes que passam na minha memória como se fosse um filme. Um filme colorido, repleto de cenas incríveis e que teve sim, o seu final feliz.

Se me perguntarem se hoje eu amaria sem receber nada em troca, digo que sim, porém, se me perguntarem se eu largaria tudo o que tenho para viver um amor ou uma paixão, digo que não. Que não tenho mais esse animo esse desejo incontrolável por aventura. Se me indagasse sobre algum arrependimento, diria que nenhum e se caso ainda quisessem saber se faria de novo, responderia talvez.

A verdade é que em nenhum momento menti. Fui o mais verdadeira possível, dentro das minhas possibilidades. O amor morreu. A paixão foi enterrada. As amizades continuam, com seu distanciamento, mas continuam. A certeza? Essa realmente eu não sei, pois durante muito tempo estive certa de que eu realmente tinha superado, mas vi que existem coisas que só esquecemos.... elas sempre estaram ali oh, esperando uma brecha para voltarem a tona. Brecha essa, que vai depender da vontade sublime de deixar ou não e no meu caso, eu deixei.

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