terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Diversidade, variedade e afins........num relacionamento.






Estava eu a tagarelar com um bom amigo quando o mesmo me pos a contar sobre seu novo relacionamento amoroso. Sua empolgação era visível e como o mesmo é desejado por nove entre dez garotas de nossa idade, achei então que a felizarda tinha essa faixa etária porem, veio-me a surpresa, para não dizer o espanto quando disse que ela estava com trinta e quatro anos, ou seja, doze a mais que ele. Confesso que sempre fui incrédula com essas relações, pois no meu machismo interior, o homem tem que ser mais velho que a mulher. Acho que, por sempre buscar a estabilidade e a racionalidade, meus conceitos eram pregados de forma fervorosa, chegando até a ouvir criticas.

Pois bem, da mesma forma que creio que o destino, pregou uma peça nesse meu amigo, o mesmo deu-me uma rasteira que me deixou com as duas pernas pro ar e a cabeça longe. Sim, provei o abraço de um homem mais novo. Desejei os lábios macios e sedentos daquele que tem pouco mais idade do que minha prima. Aconcheguei-me em um busto forte e viril, bem típico da idade. Passeei os dedos por uma face lisa, branda e tênue.

Durante varias madrugadas, chinguei-me de louca, maluca, irracional. Culpei-me por permitir-me a isso. Fui apunhalada pelas costas por minhas teorias e teses. Logo eu e porque eu? Já não estou mais na fase de contos de fadas. Sei que não adianta sonhar com um príncipe, pois o mesmo não vem. E então? O que fazer ou não fazer?
E se ele trocar-me por uma garota de sua idade, com a pele tão jovem quanto a sua? E em relação ao sexo, eu devo expor os meus desejos ou deixo que ele perceba que quero a sua carne junto á minha? E se acontecer de me entregar, digo o que gosto, conduzo suas mãos, boca e sentidos ao meu bel prazer, deixou fluir ou tento aprender aquilo que não sei? Ligo, mando mensagem ou o esqueço?

O fato é que, qualquer experiência vem para acrescentar. Possuo uma ânsia para as coisas acontecerem porem, vejo que não é bem assim, com eu gostaria. A musica que toca é outra, bem diferente daquela escutada por mim desde os quinze anos. Passar pela vida aprendendo. Essa é a única ex plicação para tal acontecimento.

Não estou então, com os ouvidos apurados. Outros sentidos bastam-me por enquanto. Os pés estão firmes, as mãos sempre ocupadas, o cérebro raciocinando a uma velocidade infinda, mas confesso e não nego que o arrepio vem da primeira a ultima vértebra, fazendo-me romper a barreira do preconceito e indo lentamente.

Viva. Viva sem esperar o amanha, sem ouvir criticas, sem esperar a concretização de algo grande. O melhor, são as coisas pequenas, como um convite a embarcar em algo jamais visto e sentido. Experimente uma boca macia, um corpo sedento por orgasmos, um olhar que dispa a sua roupa sem nada mais a fazer. Razão? Essa palavra não deve existir. O dever então, é o da entrega, da verdadeira entrega, podendo durar um tempo ínfimo, mas que servirá de lembranças para os sonhos mais secretos durante um longo período.

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