sábado, 12 de setembro de 2009

Estou fraca.

Estou fraca. Minhas pernas não obdecem mais os meus comandos. Minha mente só raciocina o lógico e óbvio. Nessa loucura parece que só tenho sentimentos ao escrever.
Estou fraca. Minhas rugas começam a aparecer. Uma jovem garota tomada pelas marcas do tempo.
Não sou jovem. Não tenho mais condições de sair por aí a qualquer hora. Fui obrigada a provar o gosto amargo do amadurecimento. Não vivo com o mesmo sorriso de antes. As duvidas quanto ao meu futuro se fazem presentes.
Jovens tem sono, tem sonhos e vontade de parar o mundo. Não durmo. Só vivo a dura realidade que me cerca. O mundo, por mais que eu esteja sangrando não vai parar.
Estou fraca. A escravidão da moda me obriga a ter um corpo perfeito, sem barriga porém o que eu como mal dá para sustentar minha atribulada rotina.
Estou fracaq. Sinto que a qualquer hora posso desabar mas isso não me é permitido.
Olho-me no espelho e até que não acho de todo um mal o que vejo. O olhar mudou é fato. Na verdade,todo resto continua igual. Junto com o olhar, mudaram também os rumos tomados na vida.
Estou fraca. Grito por um colo. Um colo que já posso mais ter. Sou adulta e não mais a garotinha do papai.O colo dele não suporta mais o meu peso porém,ainda aguenta forte as minhas lástimas.
Estou fraca. Sem o direito sequer de ficar adoentada. Meu corpo se condicionou a ser uma máquina mas toda máquina um dia pifa, e essa está quase lá.
O que me faz então, acreditar que eu ainda posso ser forte é a credulidade que tenho em Deus. O Pai vê cada leão por dia que sou obrigada a matar. Em nome Dele encontro forças para poder me reerguer.
Mas ainda assim me sinto fraca.
Até quando?

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