segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Quem tem que saber...........sabe.

Nós nem éramos próximos. Nos conhecemos numa dessas aventuras da vida. Praia, sol, um passeio com a galera para algum lugar legal que eu ainda não conhecia da sua cidade. Quase não conversávamos e pra ser bem franca, ao lado dele eu me sentia meio tímida afinal, era um dos meus superiores na nossa juventude partidária e também, porque não tinha espaço para além de um oi, tudo bem?
Imagina, uma mesa com 10 jovens falando ao mesmo tempo. Quantas vezes desejei que tudo parasse para eu ficar olhando o seu sorriso e que sorriso.
Bonito, bonito ele não era mas tinha algo de charmoso, um que, que eu não sei explicar.
As férias acabaram e a separação foi inevitável, porém, eu tinha que voltar para a minha cidade, mas voltei com a certeza de um reencontro e o mesmo, 4 meses depois aconteceu.
Abraços, afagos, um querendo saber o que o outro fez nesse tempo em que estivemos separados. E ele, ah, ele eu só vi no penúltimo dia de congresso. É, estar no meio de de 7 mil jovens e tendo que se dedicar as plenárias do Movimento Estudantil não é tarefa fácil.
Em alguns momentos ele passava do meu lado, acenava levemente com a mão e seguia seu rumo e eu, ficava só admirando, parecendo uma boba.
Na hora do ónibus partir, minha vontade era de chegar e falar o quanto eu estava encantada. Mas e o medo de levar um fora? Acabei me contentando com a vontade.
Três meses se passaram e não sei se foi um milagre ou destino mesmo, só que do nada ele veio conversar comigo. Perguntou o trivial . Do papo para o beijo tão esperado foi um pulo. Que beijo....... me senti nas nuvens. Foi rápido e encantador.
Nossa história continua até hoje e a saudade diminui a cada congresso que participamos e também é amenizada pelos papos na Internet. O mais engraçado é que apesar do encantamento, da cumplicidade que temos, apaixonar-se seria inviável e até loucura por causa da vida que cada um leva.
Aprendi que muito mais que abraços, beijos e pegações, o que realmente importa é o gostinho do reencontro com toda sua magia e beleza e digo mais, se tudo terminasse hoje, a amizade e a lembrança dos momentos bons, perdurariam para sempre.


OBS: esse texto foi escrito no dia 18 de julho de 2007.

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