quarta-feira, 17 de março de 2010

Astro Rei.




Hoje, a alguns momentos atrás, entrou gostosamente pelas minhas narinas um cheiro. Logo de cara, não consegui identificá-lo, mas depois, consegui reconhecê-lo. Era cheiro de algo que lembrava a minha infância.

Larguei os livros por um instante e embarquei numa viagem para dentro de mim, embalada por cheiros, sons e sentimentos. Gostosa viagem, porem, quando cheguei ao meu coração , tive vontade de retornar a realidade. Por quê? Acho que nem preciso falar.

Meus textos estão redundantes, mas a minha vida é redundante. Nada de novo, nada de especial. Nenhum acontecimento espetacular. O máximo são algumas saídas com os amigos para espairecer a cabeça e uma confusão amorosa que se arrasta desde janeiro. As brigas familiares continuam, e na boa, não perco mais lagrimas á toa.

Minha mãe disse-me que eu quero ser sempre o centro das atenções e do universo, que acho que tudo roda no meu eixo. Parece que a pessoa que me colocou no mundo não me reconhece mais. Confesso e não nego que ultimamente estou sendo egoísta, pensando muito em mim. Os meus problemas, nesse momento, são os mais importantes e os piores afinal, já me preocupei muito com os outros. Faço sim, dentro dos meus limites, alguma coisa pelo próximo. Já me envolvi demais com problemas de terceiros e me dei mal. Agora, penso em mim. Quem quiser me ajudar, aceito. Só penso então que não me atrapalhe e nem tente desviar os meus focos.

O que eu queria agora não era ser forte e iluminada, o centro da terra como o sol. Era só poder ficar em casa o dia inteiro, lendo e dormindo, sem pensar em concursos, dores no joelho, brigas familiares, desgaste com a rotina. Nada disso. O máximo seria curtir uma fossa de amor ao som de uma boa musica.

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