sexta-feira, 12 de março de 2010

Não comemore só um dia.




Comemorar. Boa piada viu? Dia 8 de março para mim é só mais uma data no calendário de festas ou não. Dia Internacional da Mulher. Quer coisa mais machista? Porque reservar um dia só no calendário para comemorar a dádiva divina, aquela que veio da costela de Adão. Será que é pelo fato de que muitas tiveram que morrer para podermos enfim sermos valorizadas? Ou é pelo fato de sermos tão especiais? Alguns ficaram com a primeira e outros com a segunda opção. Eu, particularmente, renego as duas.

Mulher. Se fossemos analisar profundamente a palavra veríamos o real sentido da mesma e de suas letras porem, só se lembram de nos na hora de sermos mãe, esposa, companheira dedicada ou amiga, pois no mercado de trabalho, infelizmente ainda ganhamos menos e somos discriminadas.

Ora, a sociedade é moderna certo? Pode até ser, mas no caso de ser mulher, a mesma ainda está na idade da pedra. Exemplo clássico disso é que se o homem vai para a cama com uma por semana é o garanhão. Agora se a mulher fica com um homem por mês (mudei até o tempo) é a vagabunda, a piranha, a rodada. Já ouvi homens dizerem que existem dois tipos de mulheres – as pra casar e as pra farrear. E aí me questiono se as vagabundas de hoje, ontem foram mulheres certas e assim deixaram de ser por causa desses mesmos homens que falam essas futilidades.

Ainda bem que não precisei queimar sutiã em praça publica, mas uma panela de arroz queimo com uma facilidade incrível. Até posso ser mulher, mas tenho mentalidade de homem para muitas coisas. Sou prática e pronto. Vai entender.

Então, esse diazinho medíocre que deram a duras penas para nós deveria ser estendido para todos os outros do calendário. Mulher que é mulher agüenta muito mais coisa do qualquer homem. Se tiver que lavar, lava. Passar, passa. Cozinhar, cozinha. Ter dez filhos, tem. Sustentar uma casa, sustenta. Aposto que poucos dariam conta dessa rotina. Aposto minha coleção de livros se algum aparecer.

Amo sim ser mulher porem, amo muito mais o fato de saber que eu fui gerada por uma e que para a seqüência da espécie humana, eu sou papel fundamental. Eu tenho o dom de gerar de outras vidas e isso pra mim, é sublime. Queimar sutiã foi necessário, reconheço, mas melhor do que tudo e mais importante, é saber que dentro de mim, cabe outro ser. Deus é sábio.

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