domingo, 29 de novembro de 2009

Recordar é viver......




´´A gente vai crescendo, vai crescendo
E o tempo passa
E nunca esquece a felicidade que encontrou.

Hoje me veio o saudosismo. Não sei se pelo cançasso ou pela falta de tempo mesmo, porem, conversando com o meu amado pai, percebi que tenho tudo e ao mesmo tempo nada. Tenho uma boa condição financeira, amigos, alguns amores, parentes legais, mas não tenho o direito de pegar e me jogar no colo do papai, recostar a minha cabeça e dormir aconchegada.

´´Boi boi boi, boi da cara preta
Pega essa menina que tem medo de careta. ´´

Vagando em meus pensamentos, lembrei-me de pessoas tão queridas que estão longe e que fazem uma diferença enorme. De longe, posso sentir o cheiro do peixe da Tia Moca, ouvir a risada mansa do tio Nevaldo, viajar como eu viajava em altos papos com o Dudu, perceber, só pelo caminhar o tio Fifi chegando com alguma fruta gostosa. São sensações e sentimentos únicos, que me aquecem e principalmente, que me fazem vê o qual sortuda sou.

‘’ Mas não diga nada que me viu chorando
E pros da pesada, diz que vou levando
E como é que anda aquela vida á toa
E se puder me manda uma noticia boa. ’’

Sorte. Essa é a melhor palavra. Eu tinha tudo para ser digamos revoltada com a vida, ou melhor, de me fazer de vitima perante a ela, o que não combina muito comigo é fato. Confesso e admito claramente meu lado dramático e sensível e confesso que estou bem pior nesses tempos, o que é plenamente justificável afinal ninguém esta na minha pele para poder sentir o que o sinto e claro, fazer o que mais desejo agora – nada.

‘’ Enquanto o mar inaugura
Um verde novinho em folha
Argumentar com doçura
Com uma cachaça de rolha
E com o olhar esquecido
No encontro de céu e mar
Bem devagar ir sentindo
A terra toda a rodar. ’’

E então, se o ano terminasse hoje, pois esta quase chegando ao fim, só teria que agradecer a Deus por tudo o que vivi. Aprendi muito e claro, também ensinei coisas a alguém só que como todo bom ser humano, pediria a Deus só uma coisinha – um amor de verdade. Daquele jeito romântico e certinho, como quem eu pudesse cantarolar as minhas musicas sem ter vergonha de nada e de ninguém.

‘’ Estava à toa na vida, o meu amor me chamou
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
A minha gente sofrida despediu-se da dor
Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem. ’’

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