quarta-feira, 8 de julho de 2009

A arte de escrever.

Tudo começou na pequena escolinha primária. As paredes era claras e as mesas em círculo, onde sentavam-se umas 5 crianças. Ali, comecei a descobrir a mágica, a verdadeira mágica. Juntava as letras que juntas, formavam silabas. Essas sílabas tinham sons e as letras formas. Um universo paralelo.
Um tempo depois, as palavras se uniram e viram frases. No início curtas mas eram frases. Adorava então pegar os meus livrinhos e ficar lendo em voz alta para todos perceberem que eu já sabia o que era um fonema(não com essa palavra claro). Será que alguém podia sentir a cocega que eu tinha na língua? Duvido. Era mágico demais.
Anos depois me ensinaram a arte da interpretação de texto. Mais mágico impossível. Era perfeito a sensação de ler um texto e tentar entender o que o autor queria me passar. Essa foi então a época em que mais li. Lia de tudo, tudo mesmo. Cecília Meireles e Pedro Bandeira eram os meus favoritos, como ainda são.
Comecei a sentir que só ler não adiantava. Eu tinha que expressar minhas emoções, meus desejos. Com doze anos pude enfim encontrar o verdadeiro paraíso. Agora eu que tinha que passar uma mensagem para poderem decifrá-la. Presente de Deus. Um presente como poucos.
Hoje, a arte de escrever se traduz em tudo o que eu faço. Sou péssima para falar, além de ser extremamente gaga. Até para paquerar uso a junção de palavras. Sou ouvida por muitos mas não com os ouvidos e sim com olhos.
Escrever é falar com a alma e escutar com o coração.

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