
Não vou negar que sempre fui muito impulsiva, que em muitas horas, metia os pés pelas mãos, quando o momento me exigia calma e serenidade e que por diversas vezes, coloquei na minha cabeça que era necessário mudar porém, essa mudança não vinha e eu acabava esquecendo o assunto e tocava a minha vida.
Em um dado momento, quando pensei que viveria um amor eterno,daqueles de filme ou de música de Chico Buarque,mesmo com 900kms nos separando, veio a bomba, o fim, a angústia e o pior, a solidão. Me descabelei, chorei muito,horrores, quase morrir de tanta dor no peito e quando tudo estava perdido (pelo menos era isso que eu achava), ainda tive forças para ligar e me despedir. Força essa que não sei de onde tirei pois tinha perdido o que existe de mais importante para qualquer pessoa, amor- próprio.
Na época, e olha que isso não faz muito tempo, sendo que foi no final de junho, eu me dei um prazo para chorar e me definhar, sem ligar para nada, sem pensar em nada. No fundo, eu sabia que não valia á pena, mas como já dizia a frase: É tão bom morrer de amor e continuar vivendo. Morri, morte lenta e dolorida só que uma hora cança e eu cansei. Sabia que tinha o meu valor, a minha essência mas tinha, como ainda tem algo que me incomoda, a tão sonhada e esperada mudança.
Você mudar em um momento bom, é digno, mas você mudar em um momento de solidão e ódio, significa que essa mudança é um reflexo do que se esta vivendo. Quem me conhece sabe que não sou essa pessoa fria, com meias palavras e que vê o mundo de uma forma racional. Eu, que sempre fui tão coração, ser racional. Num boa: essa visão não entra na minha cabeça e acho que na cabeça de quase 100 por cento de quem me conhece. Antes, eu largava tudo o que estava fazendo pra ir a um barzinho fofocar e agora só saio de casa se o programa for realmente muito bom. Caso contrário, prefiro ficar debaixo do meu edredom lendo um bom livro ou vendo as Olimpíadas.
O mais cômico dessa história toda é que se antes não estávamos na mesma sintonia,(eu e ele), agora a música que toca é a mesma. Cada um esta preocupado com os seus estudos, sua vida, seus planos e ambos não andam muito animados para ´´agitos´´. Como sei de tudo isso? Resposta simples, a gente se fala pelo menos uma vez por semana. No fundo, por mais que doa falar, não nascemos para ficarmos juntos. Uma noite de prazer, regada a um bom papo e muita cachaça ainda vai, mas nada além disso. Nascemos para sermos cumplices, amigos, fieis escudeiros, camaradas, cooperadores enfim.... Nascemos para amar e ser amado, mesmo que em outros braços.
Se me perguntarem agora algo relacionado a encontrar um novo amor ou uma nova paixão, responderei que estou tranquila, sem pressa, sem ser afoita. Não estou numa procura desesperada para encontrar alguém especial afinal, a hora que tiver que acontecer,acontecerá. Descobri que é massa viver um dia de cada vez, ser intensa naaquele instante sem se preocupar com um telefone no dia seguinte. Descobri também que a melhor companhia para mim, sou eu mesma.
Quem diria que um dia eu escreveria isso?
Bom início de semana.
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