domingo, 17 de agosto de 2008

Perdida no tempo.

Conversava a alguns dias com algumas amigas sobre uma situação de extrema importâcia (pelo menos pra mim) : minha vida afetiva. Quantas vezes me descabelei ao levar o famoso toco, tanto pelo fato da pessoa não gostar mais de mim, como por vacilos cometidos ao longo de uma relação.
Não vou negar que sempre fui muito impulsiva, que em muitas horas, metia os pés pelas mãos, quando o momento me exigia calma e serenidade e que por diversas vezes, coloquei na minha cabeça que era necessário mudar porém, essa mudança não vinha e eu acabava esquecendo o assunto e tocava a minha vida.
Em um dado momento, quando pensei que viveria um amor eterno,daqueles de filme ou de música de Chico Buarque,mesmo com 900kms nos separando, veio a bomba, o fim, a angústia e o pior, a solidão. Me descabelei, chorei muito,horrores, quase morrir de tanta dor no peito e quando tudo estava perdido (pelo menos era isso que eu achava), ainda tive forças para ligar e me despedir. Força essa que não sei de onde tirei pois tinha perdido o que existe de mais importante para qualquer pessoa, amor- próprio.
Na época, e olha que isso não faz muito tempo, sendo que foi no final de junho, eu me dei um prazo para chorar e me definhar, sem ligar para nada, sem pensar em nada. No fundo, eu sabia que não valia á pena, mas como já dizia a frase: É tão bom morrer de amor e continuar vivendo. Morri, morte lenta e dolorida só que uma hora cança e eu cansei. Sabia que tinha o meu valor, a minha essência mas tinha, como ainda tem algo que me incomoda, a tão sonhada e esperada mudança.
Você mudar em um momento bom, é digno, mas você mudar em um momento de solidão e ódio, significa que essa mudança é um reflexo do que se esta vivendo. Quem me conhece sabe que não sou essa pessoa fria, com meias palavras e que vê o mundo de uma forma racional. Eu, que sempre fui tão coração, ser racional. Num boa: essa visão não entra na minha cabeça e acho que na cabeça de quase 100 por cento de quem me conhece. Antes, eu largava tudo o que estava fazendo pra ir a um barzinho fofocar e agora só saio de casa se o programa for realmente muito bom. Caso contrário, prefiro ficar debaixo do meu edredom lendo um bom livro ou vendo as Olimpíadas.
O mais cômico dessa história toda é que se antes não estávamos na mesma sintonia,(eu e ele), agora a música que toca é a mesma. Cada um esta preocupado com os seus estudos, sua vida, seus planos e ambos não andam muito animados para ´´agitos´´. Como sei de tudo isso? Resposta simples, a gente se fala pelo menos uma vez por semana. No fundo, por mais que doa falar, não nascemos para ficarmos juntos. Uma noite de prazer, regada a um bom papo e muita cachaça ainda vai, mas nada além disso. Nascemos para sermos cumplices, amigos, fieis escudeiros, camaradas, cooperadores enfim.... Nascemos para amar e ser amado, mesmo que em outros braços.
Se me perguntarem agora algo relacionado a encontrar um novo amor ou uma nova paixão, responderei que estou tranquila, sem pressa, sem ser afoita. Não estou numa procura desesperada para encontrar alguém especial afinal, a hora que tiver que acontecer,acontecerá. Descobri que é massa viver um dia de cada vez, ser intensa naaquele instante sem se preocupar com um telefone no dia seguinte. Descobri também que a melhor companhia para mim, sou eu mesma.
Quem diria que um dia eu escreveria isso?

Bom início de semana.

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