Tem horas que paramos para pensar: será que valeu á pena tudo o que fiz até agora? Pode parecer meio clichê mas coloquei essa pergunta pelo simples fato de que muitas vezes, ela não tem uma resposta definida. Falo isso pois acabo de passar por um momento marcante em minha vida. Fiz uma viagem que no inicio era pra ser um sonho mas que no meio dela, virou um grande pesadelo e terminou de um jeito diferente mas que no fundo, foi bom.
No meio de vendaval, liguei para minha mãe e a mesma me aconselhou a viver, a ser forte e a passar por cima das agonias e o resultado disso foi que mesmo chorando, ergui minha cabeça e fiz o que mais gosto de fazer: vivi. E vivi intensamente, sem pensar no que poderia me ocorrer.
Senti medo, frio, desgosto, raiva, odio, mas também senti um amor proprio até então desconhecido por mim e certamente por muitos que me cercam. Teria sido muito simples abandonar o barco e deixar tudo correr mas eu escolhi o caminho mais dificil: remar contra a correnteza. E o resultado? Fortalecimento.
A poesia abaixo expressa o que senti nos dias mais loucos da minha vida e expressa como estou agora.
Do outro lado
Alma livre, leve e solta
Ficar bonita, trocar de roupa
Entender tudo, zoar com nada
Refletir sobre a vida
Numa estrada esburacada.
Do outro lado tem alguém
Que me fez sorrir, amar, viver
Alguém que me fez odiar e perdoar
Alguém que esqueci o telefone
Já não me interessa saber o nome
Mas existe alguém que foi forte
E infelizmente não foi homem.
Se me perguntares o que acho
Não saberei a resposta
O lado torto, a vida torta
A voz some, o grito engrossa
Na manha que já acabou
Que não houve sentindo em existir.
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