terça-feira, 16 de setembro de 2008

Anos....

Parei em frente ao espelho e pensei: Quem sou eu? Essa pergunta me faço quase que diariamente e o mais trágico é que não sei bem de fato quem sou.
Muitas das coisas que eu acreditava quando era mais nova, se perderam no tempo e no meu olhar puro e inocente de criança. Quantas vezes desejei ser modelo mas ao longo da vida,a altura e os quilinhos a mais, mostraram-me outra realidade. Primeira decepção de uma criança e essa, é impossível esquecer.
Pode parecer loucura, mas nunca fui de me preocupar tanto com o futuro. Sempre amei viver o presente e confesso, algumas horas de maneira irresponsável e inconsequente cometendo assim, erros quase imperdoáveis porém, sempre acreditei que todos merecem uma segunda chance e até hoje me apego nessa filosofia de boteco.
Antes, me preocupava com coisas que eu sabia que não tinham jeito e esquecia-me de várias outras importantes. Consequência disso? Uma gastrite nervosa e um nível de extress alto, descobertos aos 20 anos. Muito, muito cedo.
Como eu queria poder levar a vida com um pouco mais de leveza, do me permitir enrolar na cama até tarde com a mente vazia,mas sei que jamais irei me permitir isso.
Fato é que, acabei descobrindo como parar o mundo por um instante. Sim, faço isso escrevendo. Sinto uma necessidade diária em escrever textos poesias, contos, cronicas, e-mail....Enfim, pra mim, escrever é quase como respirar, tomar banho, escovar os dentes. Detesto rotina, tenho pavor só de ouvir essa palavra mas escrever não é algo rotineiro .Quando tenho coragem de me olhar por dentro, vejo que tenho um livro, poucos, mas fiéis amigos, minha faculdade, meu MP3, minha loucura por viajar e minha coleção de sapos. Isso, em muitos momentos me basta. E quando tenho uma coragem ainda maior de mergulhar lá dentro, lá no fundo,vejo que eu realmente não tenho nada e mesmo assim ainda consigo dá um jeito de sorrir.
Algumas coisas, se perderam no tempo, ao longo da minha infância e do inicio da minha fase adulta, mas outras e em sua grande grande maioria, me acompanham até hoje. Ora num belíssimo sonho depois de um dia tenso na universidade, ora na minha vida real.
E no fim não era nada disso que gostaria de ter escrito só que eu deixo a minha imaginação fluir e esse foi o texto que ela me deu nessa terça-feira.

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