quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sou viciada sim.

Essa cronica eu escrevi em 15/02/03 e foi uma resposta que fiz a um belissimo texto do Luís Fernando Veríssimo que falava sobre as músicas atuais que são verdadeiras drogas.


Minha trajetória nesse mundo começou cedo. Eu tinha apenas 12 anos quando minha tia me ofereceu. Era coisa leve, que só relaxava, mas estava enganada. Foi um ano ouvindo Zezé de Camargo e Luciano, Cristian e Ralf e Leandro e Leonardo.
Um certo dia, quando estava deprimida, minha mãe me ofereceu uma coisa mais forte. Naquele dia conheci Raça Negra, Zeca Pagodinho e Só Pra Contrariar.
Meu vício continuava cada vez mais forte, chegando ao ponto de criar um grupo de pagode ou de ir a festas e adorar ser chamada de cachorra, popozuda, potranca e mais algumas gírias que para os meus ouvidos eram simplesmente poesia.
Era toda hora, em todo lugar, cada segundo escutando musicas de dor de cotovelo e no fundo, me achava normal.
Comecei a ter tendinite e dores fortes de cabeça e pra piorar as pessoas diziam que aos poucos estava me matando, mas mesmo assim, continuava a usar.
Alguns amigos chegaram a me abandonar dizendo que poderia ser péssima influencia ou que tinha encontrado o fundo do posso. Pra tentar me curar de uma doença que não possuía, recorri ao pagode gospel. Meu lema se tornou: ´´Vem pra Jesus você também. ´´
E mais uma vez me enganei.
Até tentei evitar, mas sem querer, estava comprando cd do KLB, SNZ e Cristina Aguilera. Iniciava-se assim, a onda do pop.
Já não me bastava escutar, queria ser uma fã. Foi aí que fui ao meu primeiro show. Achei aquilo um máximo. No meio de uma coreografia e de um play bac, os músicos mandavam beijinhos e faziam declarações para as meninas. Pronto, acreditei nisso e me levei a comprar cada vez mais CDs e quando a grana acabou, apelei para a pirataria.
Hoje, ainda não me curei, pois estou satisfeita com as drogas. Elas não me prejudicam tanto, pois abri a minha cabeça para músicas como MPB e Bossa Nova e o principio de tudo é quem sabe daqui a algum tempo eu me entregue a um tratamento de desintoxicação.
Quero deixar bem claro que o seu destino é você como qualquer outra que se usadas em grande quantidade podem viciar e sem essa que relaxa, pois ao invés de relaxarem te levam ao fundo do poço, podendo matar de desgosto.

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ramon Fonseca disse...

Hahahahaha, muito legal!
Fico imaginando vc gritando pro KLB na beira do palco.
Hilário!

Anônimo disse...

Po Ramon, também não é pra tanto ok?
Confesso que já fui a show de Sandy e Júnior, mas do KLB nunca..........rssssssss.