terça-feira, 30 de setembro de 2008

Saudades eternas.




Hoje me deu uma vontade de separar as minhas coisas, arrumar as malas, embalar os livros, enfim, me deu uma vontade enorme de seguir viagem para um destino certo e incerto, minha doce Montes Claros.

Nesses meses de campanha eu me peguei, em vários momentos, pensando como seria bom se eu estivesse no meio da bagunça, andando de jeans, tênis e camiseta o dia inteiro, panfletando em cada esquina, participando dos bandeirados, das carreatas, das passeatas, não tendo horário para absolutamente nada e no fim do dia, sentar em um dos vários bares e tomar aquela boa cachaça só pra relaxar.

Eu até havia prometido ir nesse mês para ajudar porem, algumas promessas foram feitas para não serem cumpridas e a vida, sem querer levou o meu barco para um rumo não programado, o rumo da dedicação quase que integral aos meus estudos. Meu lado militante ficou um pouco esquecido, mas sei que são fases e que toda fase tem o seu momento de duração.

O que mais me dói, é não poder abraçar, conversar, beijar e fofocar com alguns amigos queridos que deixei. Uns, continuam presentes e outros, como é o normal, acabaram se afastando um pouco. Até amizades de longa data estremecem um pouco com a distancia imagina então, amizades recém construídas porem, sei que o desejo do reencontro continua vivo dentro de mim e daqueles que fizeram a diferença e que me acolheram com tanto carinho, mostrando um pedaçinho de Minas antes desconhecido e hoje adorado como se fosse a minha segunda casa.

Quando vejo que não posso prever o futuro, vejo também que sou impotente diante de certas situações. Como eu gostaria de ser um pouco mais irresponsável e me entregar nas 11 horas que me separam de tantas alegrias. Ás vezes chego a sonhar com os momentos já vividos e a flutuar em outros que eu poderia viver.

Amigos: perdão por essa vida LOUCA, por não poder jogar tudo para o alto e militar ao lado de vocês, por não poder lançar o meu livro nessa cidade, por não poder cumprir com a minha palavra. A dor que sinto é enorme, mas sei que um dia o reencontro acontecera sempre comemorado e desejado, como os dias perfeitos que pude passar ao lado de todos.

SAUDADES ETERNAS.


´´De poucas certezas e muitas dúvias se faz a vida. De pesada bagagem e leve descanço se fazem as viagens. E mesmo assim teimamos, vivemos,viajamos, desejando sentir não apenas a excitação da partida e a alegria da volta, mas querendo guardar na alma certos tesouros: as fotografias das belas paisagens, as lições aprendidas diariamente, o calor das mãos dos companheiros de jornada. Pois essas são as lembranças que levaremos para sempre. Quentes, suaves, leves, as únicas que nos aqueceram nos dias frios.´´

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sem explicação.





Hoje me veio novamente a sua imagem. Estava distraída, conversando com um grupo de colegas da universidade, quando passou um rapaz muito parecido com você. Meus olhos encheram de lagrimas, a dor foi inevitável. Ainda não me acostumei com a sua ausência. Você foi e sei que jamais voltara.

Quando sou obrigada a ir ao banco ou a passar por todos aqueles lugares, sinto uma sensação estranha no ar. Sexta fui obrigada a passar pela galeria e me veio novamente a sua imagem. Eu estava só e não tive pra quem correr. A minha dor, ficou esmagada dentro do peito e assim, me pus a andar com uma só pergunta: por quê?

Será que se tivesse se aberto, as coisas seriam diferentes? Será que se tivesse gritado ao mundo que não estava bem, teria não cometido esse crime? Por quê? Por quê??????? Infelizmente essa pergunta não tem resposta porem, sete meses depois da sua morte, eu ainda procuro uma resposta.

É fato que não fomos amigos muito tempo, mas pra mim, o que conta é a intensidade. Hoje, depois que o choque passou, eu daria tudo pra ter novamente o teu sorriso, pra te vê vestido de terno, serio no banco ou pra te vê com uma latinha na mão........Lembranças eternas.

Eu nunca o achei bonito. Na verdade, era até meio sem jeito, mas você tinha seu charme, seu encanto, sua magia. Em pensar que no dia em que nos conhecemos, eu estava no meu segundo grau e sonhava em entrar pra faculdade. Agora, estou quase terminando o curso e não poderei mostrar o meu diploma a você................ Dói.

Sabe, desde a sua ida, eu fiz questão de enterrar as pessoas que nos rondavam. Elas são a representação máxima de toda a dor que sinto. Sei que deveria ser diferente, mas você poderia ter feito isso ser diferente. Obrigada por ter me feito chorar.

O ano esta acabando e só tenho a agradecer a Deus pelas boas coisas vividas, mas sei que nada foi perfeito e se eu pudesse pedir algo a Ele, pediria a tua presença de volta. Presença essa, que alegria varias vidas e apagaria muitas dores.

domingo, 28 de setembro de 2008

Sensual.........




Deixa eu me levar
Quero me entregar
Sentir o vento bater
A nuvem encobrir
O sol a dourar
A chuva cair.
Deixa eu dançar
Ao som de um bolero
Assim eu me entrego
Assim me divirto
Eu crio um mito
Eu viro mulher.
A alma embalada
Não sei mais de nada
Perdi o sentido
O copo e o grito
O desejo do gostar.

Caio no mundo
O rio é profundo
À noite também
Assisto uma missa
Peço uma per missa
E digo Amém.
O fel escondido
A cara lavada
As mãos se enroscado
Não devo mais nada.
Estouro uma garrafa
Delicio a bebida
Com a alma abençoada
Não sou mais perdida.
Sou a sensualidade
À noite, o dia, à tarde
O despertar de um desejo
O gosto de um beijo
Uma carne apreciada.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Só na multidão.

Esse poema é da minha grande Cibele, uma garota que aflora amor e deixa alegria por onde passa.
Ciba: obrigada por ser essa pessoa incrível e por poder nos presentear com tantas palavras gostosas.



SÓ NA MULTIDÃO

Ando pelas ruas
Passo por multidões
Vejo pessoas sem rosto
Pessoas sem cor

O canto das aves
O barulho dos carros
Vozes...
Tudo pra mim é silêncio

Ando só no meio da multidão
Só sem você aqui

As flores me lembram a morte
O Sol me mostra sofrimento
Os sonhos são apenas utopia
Me vejo apenas na Lua

Só mesmo com estrelas
Só por falta do mar

Ando em círculos
Angustio-me por nunca chegar
Na mata fechada estou sem guia
Me falta uma luz
Me falta o farol
Me falta você

Estou só no meio do nada
Só longe de você

Te vejo nos meus sonhos
Te vejo na minha mente
Te vejo na minha frente
Parece sempre uma pintura

Te ouço nas músicas
Sua voz é minha música
Mesmo do meu lado
Sua voz parece distante
Bela como o canto de um sabiá
Que está bem longe

Mas mesmo aqui
Fico só
Não por sua ausência
Mas por estar sempre do outro lado
Do outro lado da barreira
Invisível, Intransponível, Inquebrável

E assim permaneço só
Tão perto, tão longe, tão só
Só perto de você
Só do outro lado
Só, apenas só

E mesmo que me toques
O toque mais suave que a seda
E forte como a paixão
Sei que não estarás aqui
Não virás me buscar

Então, mesmo assim
Continuarei só
Só no meu (des)caminho
Doce engano o meu...
Pensar que ficaria bem
Bem mesmo longe de você
Pensar que um dia
Meu coração encontraria
Alguém que fosse inexplicavelmente
Ao mesmo tempo tão perfeito
E igualmente tão real

Suas marcas e seus jeitos
Seus abraçoes e seus beijos
Suas angústias e sorrisos
Sempre tão sinceros
Sempre tão seus
Sempre tão meus

Finjo estar bem
Quando na verdade nem sei onde estou
Quem sou

Minto dizendo
Que o que faço é viver
Minto mostrando
Que estou sempre feliz a sorrir

Diferentes das marcas
Que carrego em minhas mãos
Diferente das cicatrizes
Que tenho em meu corpo
São as marcas que me fizeste
Que sempre mostrarão porque existem

Como câncer
Que se multiplica rapidamente
Que destrói aos poucos
E que sempre faz sofrer
A sua ausência em minha vida
Se espalha, destrói
E, principalmente, tortura
Aquilo que ainda resta do meu coração

Nunca saberás
O que se passa em meu peito
Nunca ouvirás
De minha boca os meus lamentos
Nunca verás
As lágrimas em meu rosto escorrendo
E se nesse mundo
Souberes da minha morte
Só assim saberás
Se acaso leres minha lápide
Que só tu entenderás

Convivi com grandes amigos
Morei com um bom companheiro
Como mãe amei
E que jamais esqueci
Daquele que foi meu grande amor
Morri amando
Aquele que um dia
Disse me querer
E a quem realmente Sempre pertenci.

domingo, 21 de setembro de 2008

Presente



Hoje acordei com gotas de chuva molhando a janela do meu apartamento. O tempo friozinho era um convite mais do que tentador para ficar na cama o dia inteiro, lendo um bom livro ou simplesmente se enroscar debaixo do edredom e aproveitar o domingo fazendo nada de útil.

No meio dessa preguiça toda e ainda acompanhada de uma gripe básica, consegui me arrastar para frente do computador. Bela idéia, pois foi com essa atitude que o meu domingo ficou menos morno, mais, alegre e claro com tempero especial.

Durante anos vinha lutando para poder conversar com um amigo que se perdeu no meio dessa loucura chamada vida. Os nossos papos, se é que podemos chamar o que tínhamos de papos, se restringiam a dois e-mails trocados em um ano e a scraps deixados no Orkut em datas comemorativas, como aniversario, Natal e Ano Novo, mas hoje, tivemos tempo para conversarmos e pedir desculpas mútuas pelo ocorrido no ano de 2005.

Se antes eu tinha algum ressentimento em relação a ele, hoje não tenho mais. A conversa foi mágica, o papo fluiu sem neuras e frescuras. Mergulhamos no passado, mas também exaltamos o presente e o presente, que nos deu esse presente, o direito de tentarmos nos encontrar num papo agradável e seguro.

Eu ainda tinha muito que falar o que expressar, mas fui com calma. Não queria desgastar aquele presente. Primeiro, curti o embrulho depois, a embalagem e por ultimo o produto que vinha dentro. Mágico, mágico demais para um domingo, frio, feio e chuvoso.

Fato é que o reencontro olho no olho ainda não tem nenhuma previsão de acontecer. A distancia ta enorme. Pra chegar até a cidade onde atualmente reside, tem que se pegar um vôo e depois mais um ônibus pra encarar os 200 km finais para chegar ao esconderijo secreto porem, o mais legal é que essa distancia, que antes era muito maior ficou curtinha só com o fato de termos descoberto a palavra dialogo e isso fará questão de cultivar cada dia mais e mais e mais.

Boa semana.

sábado, 20 de setembro de 2008

Vestido preto


Curtinho, básico, aparentemente sem detalhes. Era assim o vestido comprado para ser usado em uma ocasião especial. O que dava charme a ele eram as costas nuas. No corpo da jovem, caia como uma luva parecia ter sido feito sob medida.

Com esse vestido, foi para baladas com as amigas, lançou o seu primeiro livro, recebeu aplausos, deu autógrafo e foi condecorada. Sorriu muito.

Em uma noite que tinha tudo para ser perfeita, escolheu justamente ele para chamar atenção e arrasar. Colocou um sapato de salto baixo, mas que a deixava esguia. Caprichou na maquiagem, encolheu um pouco a barriga. As amigas a invejaram, mas faltava só uma coisa: o sorriso nos lábios, o tão famoso sorriso que fazia graça em seu rosto junto com a sua pintinha, criando um aspecto harmonioso, num rosto delicado de menina.

A falta de sorriso era explicada pela ausência daquele que tinha mexido com o seu coração. Nada de atender telefonemas ou responder suas mensagens. À noite, que era pra ser mágica, acabou mais cedo do que o esperado. O vestido ficou feio, a maquiagem, borrada os sapatos apertados. Deitou-se cedo, mas não no conforto da sua cama e sim na cama na casa de uma amiga. Não queria ficar só, tinha medo do escuro. Lágrimas não vieram, mas duvidas sim. Não quis comentar o fato com mais ninguém, só com os amigos que presenciaram a noite ruir.

O vestido preto fez jus ao luto vivido por ela. O luto de ter enterrado mais uma chance de ser feliz, de amar e ser amada. E ele esta jogado em um saco, sem querer ser tocado. Mas esse vestido cor de luto dará lugar a um vestido colorido, leve, longo e rodado, como a alma tem que ser.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

72 Horas Apaixonada.


Alguém já deve ter ouvido a seguinte musica: ´´dois meses passaram logo, é num copo que eu me afogo, sessenta dias apaixonado. ´´

Comigo a situação não foi tão diferente, com um detalhe, foram três dias de paixão. E que paixão. Há algum tempo escrevi que não estava correndo atrás de amor, pois como estava machucada com o fim de um relacionamento, esperaria as coisas acontecerem naturalmente e foi nesse deixar a vida fluir que ele apareceu.

Logo de inicio, o papo foi perfeito e quando nos vimos pela web cam à química foi instantânea. Não precisou de beijo, abraço, nada disso. Precisou de um sorriso, um olhar, um pouco de atenção e essa química tão perfeita foi confirmada três dias depois num doce e inesquecível beijo e com sussurros ao pé do ouvido.

Passaram-se outros três dias e durante esse curto período trocamos lindas mensagens, repletas de carinho e chamego e claro, o computador ajudou. Contava os segundos para ele ligar a cam e poder me mostrar aquele sorriso perfeito, de aparelho, diminuía em cinco anos sua idade real, 32 anos.

Em alguns momentos, falávamos besteiras e em outros, do desejo e da vontade do reencontro até que um encontro foi marcado e ele simplesmente não apareceu, não desmarcou e não atendeu aos meus telefonemas. Evaporou e eu sem entender absolutamente nada. Perdi tempo, disposição e claro, sorriso por causa desse fato.

Minha vida esta um caos, uma loucura mesmo e ele era quem conseguia alegrar os meus dias, as minhas noites. Sabia que dormiria feliz depois de ter escutado a voz dele ou de lê algumas das suas milhares de mensagens. Ledo engano tudo isso.

Na frente das pessoas, sou muito homem. Corajosa, bem decidida, que não teme nada, mas por trás, continuo sendo mulherzinha, que chora quando algo dá errado e que se encanta com um sorriso.

Sou bastante paquerada e assediada, mas não procuro só sexo, beijos rápidos e amasso curto. O que eu realmente quero é paixão verdadeira e não passageira porque amor, esta impossível de achar.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Sou viciada sim.

Essa cronica eu escrevi em 15/02/03 e foi uma resposta que fiz a um belissimo texto do Luís Fernando Veríssimo que falava sobre as músicas atuais que são verdadeiras drogas.


Minha trajetória nesse mundo começou cedo. Eu tinha apenas 12 anos quando minha tia me ofereceu. Era coisa leve, que só relaxava, mas estava enganada. Foi um ano ouvindo Zezé de Camargo e Luciano, Cristian e Ralf e Leandro e Leonardo.
Um certo dia, quando estava deprimida, minha mãe me ofereceu uma coisa mais forte. Naquele dia conheci Raça Negra, Zeca Pagodinho e Só Pra Contrariar.
Meu vício continuava cada vez mais forte, chegando ao ponto de criar um grupo de pagode ou de ir a festas e adorar ser chamada de cachorra, popozuda, potranca e mais algumas gírias que para os meus ouvidos eram simplesmente poesia.
Era toda hora, em todo lugar, cada segundo escutando musicas de dor de cotovelo e no fundo, me achava normal.
Comecei a ter tendinite e dores fortes de cabeça e pra piorar as pessoas diziam que aos poucos estava me matando, mas mesmo assim, continuava a usar.
Alguns amigos chegaram a me abandonar dizendo que poderia ser péssima influencia ou que tinha encontrado o fundo do posso. Pra tentar me curar de uma doença que não possuía, recorri ao pagode gospel. Meu lema se tornou: ´´Vem pra Jesus você também. ´´
E mais uma vez me enganei.
Até tentei evitar, mas sem querer, estava comprando cd do KLB, SNZ e Cristina Aguilera. Iniciava-se assim, a onda do pop.
Já não me bastava escutar, queria ser uma fã. Foi aí que fui ao meu primeiro show. Achei aquilo um máximo. No meio de uma coreografia e de um play bac, os músicos mandavam beijinhos e faziam declarações para as meninas. Pronto, acreditei nisso e me levei a comprar cada vez mais CDs e quando a grana acabou, apelei para a pirataria.
Hoje, ainda não me curei, pois estou satisfeita com as drogas. Elas não me prejudicam tanto, pois abri a minha cabeça para músicas como MPB e Bossa Nova e o principio de tudo é quem sabe daqui a algum tempo eu me entregue a um tratamento de desintoxicação.
Quero deixar bem claro que o seu destino é você como qualquer outra que se usadas em grande quantidade podem viciar e sem essa que relaxa, pois ao invés de relaxarem te levam ao fundo do poço, podendo matar de desgosto.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Anos....

Parei em frente ao espelho e pensei: Quem sou eu? Essa pergunta me faço quase que diariamente e o mais trágico é que não sei bem de fato quem sou.
Muitas das coisas que eu acreditava quando era mais nova, se perderam no tempo e no meu olhar puro e inocente de criança. Quantas vezes desejei ser modelo mas ao longo da vida,a altura e os quilinhos a mais, mostraram-me outra realidade. Primeira decepção de uma criança e essa, é impossível esquecer.
Pode parecer loucura, mas nunca fui de me preocupar tanto com o futuro. Sempre amei viver o presente e confesso, algumas horas de maneira irresponsável e inconsequente cometendo assim, erros quase imperdoáveis porém, sempre acreditei que todos merecem uma segunda chance e até hoje me apego nessa filosofia de boteco.
Antes, me preocupava com coisas que eu sabia que não tinham jeito e esquecia-me de várias outras importantes. Consequência disso? Uma gastrite nervosa e um nível de extress alto, descobertos aos 20 anos. Muito, muito cedo.
Como eu queria poder levar a vida com um pouco mais de leveza, do me permitir enrolar na cama até tarde com a mente vazia,mas sei que jamais irei me permitir isso.
Fato é que, acabei descobrindo como parar o mundo por um instante. Sim, faço isso escrevendo. Sinto uma necessidade diária em escrever textos poesias, contos, cronicas, e-mail....Enfim, pra mim, escrever é quase como respirar, tomar banho, escovar os dentes. Detesto rotina, tenho pavor só de ouvir essa palavra mas escrever não é algo rotineiro .Quando tenho coragem de me olhar por dentro, vejo que tenho um livro, poucos, mas fiéis amigos, minha faculdade, meu MP3, minha loucura por viajar e minha coleção de sapos. Isso, em muitos momentos me basta. E quando tenho uma coragem ainda maior de mergulhar lá dentro, lá no fundo,vejo que eu realmente não tenho nada e mesmo assim ainda consigo dá um jeito de sorrir.
Algumas coisas, se perderam no tempo, ao longo da minha infância e do inicio da minha fase adulta, mas outras e em sua grande grande maioria, me acompanham até hoje. Ora num belíssimo sonho depois de um dia tenso na universidade, ora na minha vida real.
E no fim não era nada disso que gostaria de ter escrito só que eu deixo a minha imaginação fluir e esse foi o texto que ela me deu nessa terça-feira.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Você dança? Eu danço.

Nesse final de semana pude me dedicar de corpo, alma e coração a uma das minhas grandes paixões: a dança de salão. Sou adepta a ela, a pouco tempo porém, toda vez que me permito tirar algumas horas da minha semana para ´´bailar´´, sinto minha alma flutuando. Não tem nada mais gostoso do que você demorar para aprender uma sequência de passos, e no fim de uma aula, saber deixar ser conduzida. É mágico o deslizar da sapatilha pelo salão, do equilíbrio corporal exigido, da troca de olhar com o parceiro. A sensualidade aflora,mas não é uma sensualidade qualquer e sim aquela que só depende de você, do se encontrar, do se permitir amar...
A dança, emagrece, eleva o espírito, faz você conhecer pessoas novas e interagir com uma das mais belas formas de arte. O que seria dos grandes musicais sem um casal coreografando uma música? Qualquer música....A mesma não importa. O que é importa é deixar-se ir, leve como uma pena.


A Dança do Amor - Maria de Fátima Abreu de Oliveira.

Minha pele sente agora, arrepios profundos
Nessa instante que percorre com suas doces mãos, meu corpo.
Minha pele necessita da sua
Preciso estar nua...
Para juntos celebrarmos o calor dessa paixão
Minha pele pede seus beijos
Vem, cede aos meus desejos
Beije-a, sinta o meu doce perfume...
Encontre meus pontos mais sensíveis...
Que eu te farei um homem saciado!
Entrego todo o meu corpo, toda a minha alma de amante
Acrescento também ao fogo da paixão
Um pouco de consolo para seus problemas diários
Tenho amor e carinho para dar
Agora, vem me saciar!
Seja o meu corpo, o templo dos seus desejos mais febris
E o seu, será para mim...
Coloca sua língua a explorar a minha...
Procura o mel de meu corpo
Está à procura de seu lindo gozo...
Amor da minha vida, completa agora
Com nossos corpos unidos em um só
A dança do sexo e do amor...
E para sempre seremos um do outro
Com toda essa paixão e calor...

Excelente segunda feira

Ontem eu tive uma noite como a muito tempo eu não tinha. algum tempo que eu não sabia que o era ser tão feliz e isso ficou claramente refletido no blog, principalmente nos meus textos, onde a dor e a angustia estavam reinando porém ontem, eu pude perceber que estou viva. Viva pra mim, pro mundo, pra vida. Acordei com uma vontade de beijar e abraçar todo mundo. Não sei se dará certo,ainda é muito cedo pra dizer algo mas mesmo que acabe agora, nesse instante, terá valido a pena.
Na hora mais linda, tocou uma música do Kid Abelha. Quem me conhece sabe que eu não morro de amores por essa banda, mas a letra dessa música falou muito, muito do que eu queria dizer e não consegui.


Na rua, na chuva, na fazenda - Kid Abelha.

Não estou disposto
A esquecer seu rosto
De vez
E acho que é tão normal
Dizem que sou louco
Por eu ter um gosto assim
Gostar de quem não gosta de mim
Jogue suas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre com você
Na rua, na chuva, na fazenda
Ou numa casinha de sapê.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Confie em si mesmo. Isso basta.


A alguns anos atrás, na época em que ainda era muito religiosa, fiz um desses encontros de igreja e no fim de uma palestra, tocou uma música do Renato Russo, que diz mais ou menos assim:´´Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo...´´. No início, achava essa frase muito radical, afinal ninguém vive sozinho, precisamos de outro para compartilhar nossa vida porém, de uns tempos pra , vi que nosso grande ídolo estava completamente certo. Renato vivia o presente mas enxergava o futuro como poucos e o mesmo teve a sessibilade de ver que o seres humanos são egoístas.
Quantas vezes confiei muito em pessoas que não deveria e me fechei pra aquelas que realmente tinham algum valor ou que poderiam me orientar.Doí falar disso mas doí mais ainda quando eu me olho no espelho e vejo que não aprendi....AINDA.
Eu tenho uma conversa muito mole, um papo fácil e um jeito bacana de me enturmar com as pessoas. Aí, quando crio intimidade, já coloco pra dentro da mina casa e dou o melhor de mim. Isso tem um nome: insegurança.
Sou muito forte para algumas coisa mas para outras, confesso que além de fraca, sou imatura e infantil. Pode parecer bobagem, mas na hora do aperto eu corro para os braços da minha mãe e sei que ali vou ficar protegida. Calma lá. Eu sei resolver os meus problemas, ainda mais quando viajo e vejo que só posso contar com uma pessoa: eu mesma. Agora ninguém é capaz de negar que um colo de mãe, se não resolve os problemas da vida, pelo menos, te deixa mais forte.
Em relacionamentos eu também era assim. Dizia eu te amo a torto e a direita até que ouvi a frase: te amo não é bom dia.
No fundo, só amamos a nos mesmos. Pai e mãe até vai, mas acima de tudo, amamos o que temos e o queremos e infelizmente, isso não inclui terceiros. Gostamos das pessoas, admiramos meio mundo, mas amor, só o nosso e essa é uma ,lição que esta sendo difícil de aprender, mas estou no rumo para que aconteça.
Olho-me no espelho e vejo que a mudança é necessária mas por enquanto, estou sem forças para mudar. Reflexão? Da hora que eu acordo até a hora que eu vou dormir. Já é um grande passo para deixar de ser boba.
Ah, como queria ser que nem o Renato que sempre falou: ´´Quem acredita sempre alcança.´´

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Tempo? Dê um jeito.

Esse texto foi me enviado pelo meu avô e infelizmente é a realidade que muitas famílias vivem atualmente. Pensem bem antes de tem filhos, pois essa é uma responsabilidade pra vida toda.


Não tenho tempo

Sabe, meu filho, até hoje não tive tempo pra brincar com você. Arranjei tempo pra tudo, menos para ver você crescer. Nunca joguei dominó, dama ou xadrez ou batalha naval com você. Percebo que você me rodeia, mas sabe, sou muito importante e não tenho tempo.
Sou importante para números, convites sociais, uma série de compromissos inadiáveis... E largar tudo para sentar no chão com você.
Não, não tenho tempo.
Um dia você veio com o caderno da escola para o meu lado. Não liguei,continuei lendo o jornal, afinal, os problemas do mundo, são mais sérios do que os da minha casa.
Nunca vi seu boletim, nem sei quem é sua professora. Não sei qual foi a sua primeira palavra. Também, você entende...não tenho tempo.
De que adianta saber coisas mínimas sobre você, se eu tenho outras grandes pra saber?
Mas, puxa, como você cresceu. Você já passou da minha cintura. Está alto! Eu não havia reparado nisso. Aliás, não reparo em quase nada, minha vida é corrida e quando tenho tempo, prefiro usa-lo fora. E se uso aqui, perco-me calado diante da TV, porque a TV é importante e me informa muito...
Sabe, meu filho...
A última vez que tive tempo pra você, foi numa cama,quando o fizemos.
Sei que você se queixa, que você sente falta de uma palavra, de uma pergunta minha, mas eu não tenho tempo!
Sei que você sente falta do abraço e do riso, do andar a pé até a padaria para comprar guaraná, do andar a pé até o jornaleiro para comprar Pato Donald. Mas sabe a quanto tempo eu não ando a pé na rua?
Não tenho tempo.
Mas você entende, sou um homem importante, tenho que dar atenção pra muita gente, dependo dela...
Filho, você não entende de política, de comércio. Na realidade, sou um homem sem tempo. Sei que você fica chateado, porque as poucas vezes que falamos é monólogo, só eu falo e noventa e nove por cento é bronca.
Quero silêncio, quero sossego!
E você tem a péssima mania de vir correndo sobre a gente, você tem mania de querer pular nos braços dos outros. Filho, o que você entende de computador, comunicação, cibernética, racionalismo?
Você sabe quem é Marcuse, Mcluhan?
Como é que eu vou parar para conversar com você? Sabe meu filho, não tenho tempo!
Mas, o pior de tudo, o pior de tudo é que...
Se você morresse agora, já, nesse instante, eu ficaria com um peso na consciência, porque até hoje não arrumei tempo pra brincar com você, e, na outra vida, por certo, Deus não TERÁ TEMPO de me deixar, pelo menos, vê-lo.

Autor Desconhecido.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A mais pura verdade.

Esse texto está na minha coleção e como eu o acho muito perfeito, resolvi colocar aqui no blog. Espero que gostem.


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim.

Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar (ou quase). Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém. Com um currículo desse, criatura, por que diabo está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!

Martha Medeiros

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A garota da calça rosa



Todo sábado era a mesma coisa: saía de casa as 14 horas rumo a igreja perto de casa. A missão daquela tarde era cuidar de mais de vinte crianças e passa-las os ensinamentos de Jesus e as bases que todo bom cristão deve ter. Sempre a mesma blusa, e a mesma calça. Uma calça rosa, pescador, daquelas que terminam na altura do tornozelo, de malha bem soltinha, pra esconder os quilos extras que teimavam em aparecer na adolescência e também para transmitir uma ar de seriedade, missão praticamente impossível, se fosse levado em conta as espinhas na cara, o cabelo amarrado em um rabo de cavalo alto e o doce olhar de menina. Coisas típicas de quem tinha 13 anos.

Saindo da igreja, era hora de encontrar com os amigos na quadra ao lado da onde residia. Ali, viu desabrochar os primeiros amores, o primeiro fora levado, as primeira confissões com as amigas. Viu também a alegria das festinhas, o lanche tomado no cachorro quente próximo, as brincadeiras de verdade ou consequência, os telefonemas dados no orelhão perto da quadra de esportes para aquele, aquele gatinho que nunca teve coragem para se declarar. Observou os meninos jogando bola á tarde inteira pra em seguida, como forma de provocação, virem abraçar as meninas, fazendo com que elas saíssem correndo de tanto nojo daquelas camisas molhadas e daqueles ténis encardidos, para mais a noite, se encantarem com o mesmo garoto porém, dessa vez limpinho e perfumado.

Sempre quando chegava, a piadinha vinha: lá vem a garota da calça rosa. Algumas vezes pensava até em troca-la,mas pra que? Afinal, aquela era a sua marca registrada e todos a conheciam assim. Na verdade, essa calça rosa,transmitia um pouco do que a garota era, espontânea, brincalhona e de bem com a vida. Simplesmente uma adolescente,que tinha desejo de viver cada segundo pois sabia que ele iria acabar, como acabou. Foi com essa mesma calça, que sentiu seu coração bater mais forte por um menino super popular, daqueles que 8 entre 10 garotas olhavam e suspiravam e foi com essa calça, que mesmo colocando outra blusa, fazendo maquiagem, soltando o cabelo e tirando os óculos,ele nunca a olhava com outros olhos, jamais chegou a falar que ela era linda, como fez como outras meninas, magrinhas, loirinhas, com olhinhos claros e claro, sem espinhas. E a garota, continuava lá, sábado após sábado, sem ter ao menos a chance de ser paquerada. Mas tudo bem, ela era considerada super gente boa por toda a turma e isso era o mais importante.

Com o tempo, a calça rosa foi deixada de lado. A rotina na igreja continuava mas a garota estava descobrindo a magia do se arrumar, do ficar bonita e chique, do valorizar as suas formas, por mais gordinha que estivesse. No armário novo, começou a entrar jeans justinho, salto alto, batinhas soltas, brincos grandes e claro, magia. A primeira vez que apareceu em um sábado sem a famosa calça rosa pescador, todos estranharam porém, perceberam que tinha algo diferente. A garota estava crescendo e começando a se libertar. Era um novo começo, que se resumia também ao afastamento de muitos da turma, tanto pelo estudos, quanto por mudança de cidade.
A vários anos que ela nem se lembrava mais que um dia tinha usado uma roupa tão brega e tão cafona mas numa conversa com um dos meninos que jogavam futebol naquela época, o mesmo fez questão de lembrar desse ´´pequeno detalhe´´ mas que no fundo fez a diferença no início da sua adolescência. E hoje a garota da calça rosa, usa um jaleco branco, com seu nome gravado em verde, pra mostrar pra quem quiser vê que ela cresceu e se tornou uma linda e dedicada mulher e estudante da aréa da saúde.

domingo, 7 de setembro de 2008

Lançamento do livro.

Ontem, dia 6 de setembro, lancei o meu livro. Como foi bacana vê a minha família alguns poucos amigos reunidos. A decoração estava super bacana e o banquete divino porém, o mais legal foi ter a presença de pessoas que prestigiam o meu talento e que sabem o quanto eu me dediquei para chegar aonde eu cheguei.
A vocês e aqueles que por algum motivo não puderam comparecer, desejo o meu muito obrigada. Obrigada pela força, pelo apoio e principalmente, obrigada por fazer parte desse meu sonho de vida.



Explode coração - Gonzaguinha.

Eu acredito é na rapaziada.Que segue em frente e segura o rojão. Eu ponho fé é na fé da moçada. Que não foge da fera e enfrenta o leão. Eu vou á luta com essa juventude. Que não corre da raia a troco de nada. Eu vou no bloco dessa mocidade. Que não tá na saudade e contói. A manhã desejada. Aquele que sabe que é negro o coro da gente. E segura a batida da vida o ano inteiro. Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro. E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro. Aquele que sai da batalha. Entra no botequim, pede uma cerva gelada. E agita na mesa logo uma batucada. Aquele que manda o pagode. E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira. Pois o resto é besteira. E nós estamos ?pelaí?.... Eu acredito é na rapaziada. Que segue em frente e segura o rojão. Eu ponho fé é na fé da moçada. Que não foge da fera e enfrenta o leão. Eu vou á luta com essa juventude. Que não corre da raia a troco de nada. Eu vou no bloco dessa mocidade. Que não tá na saudade e contói. A manhã desejada. Aquele que sabe que é negro o coro da gente. E segura a batida da vida o ano inteiro. Aquele que sabe o sufoco de um jogo tão duro. E apesar dos pesares ainda se orgulha de ser brasileiro. Aquele que sai da batalha. Entra no botequim, pede uma cerva gelada. E agita na mesa logo uma batucada. Aquele que manda o pagode. E sacode a poeira suada da luta e faz a brincadeira. Pois o resto é besteira. E nós estamos ?pelaí?....
Eu acredito é na rapaziada.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Falta..........?


Esse texto eu escrevi quando a falta de uma pessoa muito especial ainda me ardia por dentro. O tempo passou e todo aquele sentimento virou uma grande amizade, como muito carinho e cumplicidade. Cumplicidade essa, que ao contrario do que passei em outras situações, não morrera pois a mesma é mais forte que a vida, vai além da morte.


Hoje senti sua falta. Falta dos seus carinhos, dos seus beijos, do dormir abraçada a você, do andar a pé sem rumo, do falar besteira sem motivo algum.
Hoje eu me xinguei por acreditar em falsas promessas e por prometer coisas falsas a alguém. Me revoltei por não poder te ligar, por não poder largar tudo e ir ao seu encontro.
Hoje eu acordei cedo, me encontrei com os meus amigos, debati diversos temas importantes, defendi a minha ideologia....enfim, vivi muito. Recebi telefonemas, combinei programas para o fim de semana, mas não pude expressar o quanto eu te quero ao meu lado.
Hoje o mundo não parou para pensar em você. Na verdade, ando tão sem tempo que mal consigo pensar em nos ou no que restou desse nos. Só penso no meu lado profissional, no encontrar um novo amor, no progredir na minha nova carreira porém, no meio de tudo isso bateu a falta. Falta de quem me entende quando estou calada, quando choro sem querer chorar, quando me fecho para o mundo.
Mas hoje eu vi que o perto esta longe que o longe esta mais longe ainda. A falta maltrata, mas também faz bem afinal, só sentimos falta se um dia estivemos lado a lado e é essa falta que me aquece quando estou com frio e não tenho como me proteger.


Lugares proibidos - Helena Elis.

Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já
Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem data
Chega mais cedo amor
Eu finjo que não esperava
Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Doí mas um dia passa.

A raiva algumas vezes toma conta das pessoas. Erros, que julgamos imperdoaveis, tem o seu perdão e aqueles, que consideramos simples, são colocados da pior forma possível. Quem nunca brincou com um amigo, fez piadinha, gracinha fora de hora? Ainda mais quando esse amigo dava liberdade? Amizade é uma troca de favores, de alegrias e tristezas.
Sabe, ainda me abalo fácil com algumas coisas, ainda mais com certas atitudes e apunhaladas. No livro do Evandro Daolio, ele fala que teve uma vez que foi humilhado pelos seus ex sogros por que a sua ex sogra tinha descoberto pílula na bolsa da sua ex. Porque ele foi julgado? Simples. Porque queria amar e ser feliz. Eu fui julgada e humilhada, porque tentei ser boa amiga e homenagear um cara que é um bostal.
Eu jamais pensei em ouvir palavras do tipo: você é imatura, é insegura, infantil e frustrada. Realmente sou frustrada mesmo ? Aos 21 anos, publiquei meu livro, sou monitora da minha universidade, sou estudante de um curso super difícil, sou a cozinheira oficial da galera e também sou alegre. Doí vê que uma pessoa mudou da agua pro vinho por causa de outra, vivendo no seu mundinho, sem esquecer que o mundo é outro.
Em um dado momento, Evandro também diz que até seu emprego foi humilhado. Nessa hora eu chorei muito, pois ontem, a minha vida foi humilhada. Todos sabem que o meu livro é a minha razão de vida e eu admito tudo, menos que o ofendam sem conhecer a real história desse projecto.
Eu fui mulher o suficiente para fazer uma brincadeirinha fora de hora e assumir os meus erros porém, não vou admitir que qualquer uma ou qualquer um me humilhe. A vida já foi dura o suficiente comigo e se eu não soubesse escrever, jamais teria começado esse blog, como também não teria sido elogiada por um desembargador. É, eu sou frustrada.
O bom de tudo isso foi que descobri os meus verdadeiros amigos. Pessoas que ontem e hoje se mostraram solidárias a mim. Errar, eu errei, claro, mas foi um erro besta. Quem é não erra? Até nome de terceiros foi colado na história, coisa que descobri que era mentira. Ninguém te ama o quanto você merece, mas também ninguém te odeia o quanto parecem dizer.
Pode parecer meio cliché essa frase, mas ela é verdadeira: ´´Com as pedras que me atiraste, construirei o meu castelo.´´ Vou levar a vida assim. É a única forma de me fortalecer e de ser grande, ou melhor, de ser maior do que já sou.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

É a vida né?

Estava aqui em casa, dando uma última revisada para a minha prova quando recebi uma mensagem nada agradável sobre uma situação mais desagradável ainda. Quem me conhece sabe que apesar de estar fria por conta de umas pedradas da vida, eu sou por natureza, uma pessoa brincalhona e espontânea, de bem com a vida e com as pessoas e por causa de uma brincadeira, fui duramente xingada por uma pessoa que é nada na minha vida mas que por infelicidade, esta casada com outra q eu até então, considerava muito.
A um tempo aí, li um texto que falava que você tem o direito de se ficar magoado, mas nada te dá o direito de ser cruel. Eu já tive raiva de muitas pessoas, mas nunca, sai ofendendo ninguém, ainda mais pelo orkut que é falta de privacidade total. Sempre fui indiscreta com a minha vida, mas com a de terceiros,a minha postura sempre foi outra.
Estou num momento turbulento, precisando de colo, carinho e aconchego e isso não é vergonha de admitir. Ao contrario da mensagem que recebi, não sou imatura e muito menos frustrada. Sou ser humano, que chora, que rir , que ERRA, que ACERTA e que pede colo quando precisa.
Hoje, especialmente hoje, é um dia que necessito de calma e da presença das pessoas que gostam de mim ao meu redor pois hoje, fazem 6 meses que meu amigo Cleiton se matou e essa data será eternamente lembrada e sabe porque? Porque apesar do pouco tempo ao meu lado, Cleiton fez muito, muito mesmo, ao contrario da pessoa que me motivou a escrever essa postagem, que ficou 6 anos ao meu lado e não retribuiu toda a dedicação que tive a ele.
Devemos pensar para quem vamos entregar nossa vida e nosso carinho. Um minuto de dor, são 60 segundos a menos de alegria e isso é muito para uma vida tão curta.

Homem mineiro: o melhor que existe.



Dizem que o melhor homem é o brasileiro. Concordo plenamente, mas pra mim, de todos entre todos, o melhor é o mineiro. Quem nunca provou do temperinho das Minas, nu, não sabe o ce tá perdendo. Por trás daquele sotaque rastado, daquela falinha mansa,daquele jeitim quietim, quietim, tem um moço que tem o charme, a pegada, a cantada.

Não tem nada melhor do que ficar braçadinha e aconchegada num colo bem mineiro. Só eles tem o poder de derreter qualquer mulher com meia dúzia de palavras bonitas. E quando te chamam pra comer um queijim com goiabada e falam que você é a mulher mais linda do mundo? É pra paixonar de verdade e se entregar.

Na hora da conquista, o mineiro é galante. Uma piscada com o canto do olho,uma conversinha ao pé do ouvido, um sorriso manso, uma pegada discreta na mão, um convite para um passeio a dois. Parece um sonho mas não é. É só o jeito mineirim de ser.

Claro que o mineiro também sabe ser cafajeste, é da natureza de qualquer homem porém, quem resiste a um forrozinho dançado juntinho, com ele olhando nos nos seus olhos e te segurando pela cintura. Nó, é melhor que pão de queijo quentim e do que cachaça curtida.

Até pra terminar um relacionamento o mineiro ser cordial. Ele chega, conversa, explica tudo tim tim por tim tim e no final ainda deseja boa sorte na vida. Quem é que consegue ter raiva de um trenzim assim?

Agora só não pise no calo do mineiro. Ele pode até ser bonzim, mas quando se irrita, ninguém guenta. O mineiro vira bicho e esquece todo esse lado cordial e bonzinho, ficando bravo e estourado como muitos duvidam. Nessas horas, ele só respeita pai e mãe afinal, pro homem mineiro, família é sagrada.

Os outros homens que me desculpem,mas troco a ginga de um carioca, ,a seriedade de um paulista, os olhos claros de um sulista, as farras boas de um nordestino por um bom mineirinho. O mineiro reúne todas as características acima com um diferencial: a delícia daquele sotaque susurrado ao pé do ouvido.

Por mim, se eu pudesse escolher, passaria o resto dos meus dias comendo pão de queijo num cantim lá de Minas com um bom mineirim me fazendo um cafuné e me mostrando as belezas do seu estado. Bão demais .

Felicidades Tia Raquel.

Hoje, dia 1 de setembro, minha madrinha esta fazendo aniversário. Como é bom poder ter sua presença, e mesmo separadas por causa da distância. Ela foi e é um grande exemplo pra mim, pela sua persistência, dedicação e sabedoria, influenciando até mesmo a minha carreira escolhida.
Tia: nesse dia tão especial quero que saiba que o meu amor por ti é imenso e que lhe desejo tudo o que a vida possa ter de melhor e obrigada por ter me abençoado com uma das minhas maiores alegrias: o João Pedro.
Felicidades.