terça-feira, 30 de setembro de 2008

Saudades eternas.




Hoje me deu uma vontade de separar as minhas coisas, arrumar as malas, embalar os livros, enfim, me deu uma vontade enorme de seguir viagem para um destino certo e incerto, minha doce Montes Claros.

Nesses meses de campanha eu me peguei, em vários momentos, pensando como seria bom se eu estivesse no meio da bagunça, andando de jeans, tênis e camiseta o dia inteiro, panfletando em cada esquina, participando dos bandeirados, das carreatas, das passeatas, não tendo horário para absolutamente nada e no fim do dia, sentar em um dos vários bares e tomar aquela boa cachaça só pra relaxar.

Eu até havia prometido ir nesse mês para ajudar porem, algumas promessas foram feitas para não serem cumpridas e a vida, sem querer levou o meu barco para um rumo não programado, o rumo da dedicação quase que integral aos meus estudos. Meu lado militante ficou um pouco esquecido, mas sei que são fases e que toda fase tem o seu momento de duração.

O que mais me dói, é não poder abraçar, conversar, beijar e fofocar com alguns amigos queridos que deixei. Uns, continuam presentes e outros, como é o normal, acabaram se afastando um pouco. Até amizades de longa data estremecem um pouco com a distancia imagina então, amizades recém construídas porem, sei que o desejo do reencontro continua vivo dentro de mim e daqueles que fizeram a diferença e que me acolheram com tanto carinho, mostrando um pedaçinho de Minas antes desconhecido e hoje adorado como se fosse a minha segunda casa.

Quando vejo que não posso prever o futuro, vejo também que sou impotente diante de certas situações. Como eu gostaria de ser um pouco mais irresponsável e me entregar nas 11 horas que me separam de tantas alegrias. Ás vezes chego a sonhar com os momentos já vividos e a flutuar em outros que eu poderia viver.

Amigos: perdão por essa vida LOUCA, por não poder jogar tudo para o alto e militar ao lado de vocês, por não poder lançar o meu livro nessa cidade, por não poder cumprir com a minha palavra. A dor que sinto é enorme, mas sei que um dia o reencontro acontecera sempre comemorado e desejado, como os dias perfeitos que pude passar ao lado de todos.

SAUDADES ETERNAS.


´´De poucas certezas e muitas dúvias se faz a vida. De pesada bagagem e leve descanço se fazem as viagens. E mesmo assim teimamos, vivemos,viajamos, desejando sentir não apenas a excitação da partida e a alegria da volta, mas querendo guardar na alma certos tesouros: as fotografias das belas paisagens, as lições aprendidas diariamente, o calor das mãos dos companheiros de jornada. Pois essas são as lembranças que levaremos para sempre. Quentes, suaves, leves, as únicas que nos aqueceram nos dias frios.´´

Um comentário:

Ramon Fonseca disse...

Muito legal sua postagem. Estamos te aguardando aqui.
Beijos.